Dia dos avós: comemoração neste ano depende da tecnologia

Mesmo à distância e com ajuda da tecnologia, é dia de demonstrar amor a eles

No próximo domingo, 26, um dia pra lá de especial é celebrado: é o dia dos avós! Nesse momento, é arriscado que estejamos perto de outras pessoas, principalmente os mais idosos, justamente por estarem no grupo de risco do coronavírus.
A tecnologia tem ganhado espaço nesse contexto e se tornou uma ferramenta essencial para manter contato. Que tal uma chamada de vídeo? Uma ligação? É uma forma segura de dar um abraço – mesmo que virtual – nos vovôs e vovós.

Comemoração será à distância

Dona Marcina Angélica da Silva Mattos, mais conhecida como Chinita, de 86 anos, terá comemoração à distância. Montenegrina e moradora de Bom Jardim Baixo, a senhora tem muito o que comemorar nesse dia dos avós. Viúva e avó de três mulheres, já é bisavó de cinco, com idades entre 6 e 24 e tataravó de uma menina de dois anos.

Mesmo com quase 90 anos, Chinita adora estar perto de outras pessoas, principalmente da família, por isso, o momento de pandemia é complicado para ela e a família, que costumava se reunir seguidamente. É o que conta uma de suas netas, Carmem Regina da Silva, 40. “Ela ama festa. Para tu ter ideia ela fez festa de 80 e de 85 anos. Ela fez questão. Depois que meu avô faleceu, há uns 15 anos, ela se tornou muito dependente da gente, de estar junto. A gente se via de dois a três dias antes da pandemia e agora não dá. É ruim porque nossa família é muito afetiva”, pontua.

Carmem conta que sentiu os impactos e a falta de estar junto da avó até no dia a dia. “Dois ou três dias da semana ela passava por aqui. A gente brincava que ela vinha dar um cheirinho, um, oi, conversar. Tomava mate comigo e com a minha mãe. Então quando começou tudo eu fiquei bem sentida e ela também deve sentir isso”, afirma.

Tecnologia tem sido a solução
O que se tornaria um momento caloroso de muito afeto, com toda a geração se torna um pouco decepcionante para Carmem e certamente também para Chinita. “Toda essa função de não se encontrar me deixou nervosa. Provavelmente vamos só ligar para ela no domingo. Alguma coisa nesse sentido”, salienta a neta.

Ela conta, ainda, que como se vêem pouco em função da pandemia, a saída tem sido videochamadas e ligações. “A vó tem ficado mais lá no sítio, justamente para não ter contato com muita gente, não chegar visita e tudo mais. Então a gente tem feito ligação por áudio ou vídeo”. Carmem comenta que no sítio onde Chinita mora, o sinal de internet é ruim, então, só quando ela vem para Montenegro as chamadas são possíveis. “Aí sim a gente se olha, se conversa”. Portanto, se não estiver em Montenegro, a comemoração pelo dia da dona Chinita terá que ser realizada apenas através da voz, pelos aparelhos celulares, mas nem assim deixará de ser um momento especial. O fundamental para a família é a saúde de todos.

Últimas Notícias

Destaques