Transporte escolar. Situação de alunos da Escola Adão Martini será analisado pela Seduc até terça-feira
Depois da publicação da reportagem sobre a situação dos estudantes da Escola Estadual Adão Martini, na edição da última terça-feira, 13, a secretaria municipal de Educação e Cultura (SMEC), Rita Carneiro Fleck, esclareceu que no mesmo dia esteve em reunião para tratar sobre o assunto com representantes da Secretaria Estadual da Educação (Seduc) e a 2ª Coordenadorias Regionais da Educação (CRE).
Desde o início do ano letivo, cerca de 20 alunos da escola estão impedidos de pegar o transporte escolar sob a alegação que moram nas proximidades. Dessa forma, esses estudantes são obrigados a fazer o deslocamento a pé, embora sobrem lugares nas conduções.
De acordo com a resposta dada ao Jornal Ibiá, a secretária da Smec afirmou que “um responsável da SEDUC”, presente na reunião, verificou o sistema da escola e constatou que alguns alunos privados do transporte escolar estavam cadastrados como moradores da zona urbana. “Ficou ajustado que haverá uma orientação mais precisa para as diretoras das escolas estaduais, a fim de corrigir as inconformidades que por ventura ocorreram”, disse Rita, justificando o erro.
Ao ser comunicada sobre essa informação, a diretora da escola Jucilene Kuhn Rambor, declarou que isso é impossível, justamente por se tratar de uma instituição localizada em zona rural. “O que os motoristas nos passam é que eles foram orientados, pela Prefeitura, a não embarcar os alunos que moram até dois quilômetros da instituição”, comenta a diretora.
Diante do perigo em que as crianças se encontram ao trafegaram a pé nas proximidades da rodovia BR-386, a diretora encaminhou um ofício para 2ª CRE pedindo adequação no Decreto nº 45.465/2008, responsável por regulamentar a Lei nº 12.882, que institui o programa estadual de transporte escolar. “Eu enviei para a CRE o documento com a listagem desses alunos e eles disseram que iriam repassar o ofício para a SEDUC de Porto Alegre, mas, enquanto isso os estudantes de 6 a 12 anos estava impedidos de utilizar o transporte”, afirma a diretora.
Na 2ªCRE, a responsável por atender a reportagem Tânia Matines, comentou que devido ao processo do Educacenso (sistema informatizado de levantamento de dados do Censo Escolar) que encerra hoje, 16, essa questão do transporte escolar da escola ainda não pode ser discutida.
“Nós precisamos de mais tempo para estudar um meio de viabilizar o transporte para essas crianças. Somos em poucos para revolver tantos problemas, mas até a próxima terça-feira, 20, teremos um retorno da Seduc sobre esse assunto”, assegurou Martines.
“Até lá, eu irei entrar em contato com a diretora da Adão Martini e garantir que as crianças possam pegar a condução até esse dia”.