Demora na volta da luz é mais sentida no interior

O temporal no fim da tarde de segunda-feira, dentre inúmeras consequências, deixou muita gente sem energia elétrica. A RGE Sul começou a trabalhar nos estragos logo após o evento climático, mas, até o final da tarde desta quarta-feira, ainda havia 147 residências sem luz em Montenegro. O problema é sentido, principalmente, nas localidades do interior que, pelo menos aqui na região, costumam sofrer com maiores demoras no abastecimento.

Monica de Mello da Silva, moradora de Linha Catarina. FOTO: ARQUIVO PESSOAL

É o caso da dona de casa Monica de Mello da Silva, de 27 anos, que mora na localidade de Linha Catarina, em Montenegro. A energia já voltou na sua casa, mas isso só às 12h de ontem. Por mais de um dia e meio, ela, o esposo e as duas filhas – uma de cinco e outras de menos de dois anos de idade – ficaram “no escuro”.

A questão incomoda porque, mesmo em períodos sem grandes temporais, a residência também sofre com quedas. Monica conta que, em pleno Natal – da tarde do dia 24 até a tarde do dia 25 – estava sem luz. “Nós passamos (a ceia) no meu vizinho. Mas tudo a luz de velas e com lanternas”, lembra. No mês passado, ela também passou horas sem energia.

Um dos principais problemas neste período está na conservação dos alimentos. A família têm freezer, então passa tudo da geladeira para o eletrodoméstico mais potente, torcendo para que aguente até o retorno da energia. Com a casa abastecida por uma caixa d’água de mil litros, que precisa de motor, a água acaba sendo outra preocupação. O calor, então, nem se fala. “Já teve noites sem luz que eu fiquei abanando as crianças com um papelão até elas dormirem”, lamenta a mãe.

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