Espaço de recreação para os animais prevê maior parte de sua construção na Estação da Cultura
Dentre todos os projetos já apresentados pelo prefeito Gustavo Zanatta e seu vice, Cristiano Braatz, um em especial está dando o que falar: a construção de um “ParCão”, que seria nos fundos da Estação da Cultura. Porém, o secretário municipal de Gestão e Planejamento de Montenegro, Fabrício Coitinho, explica que, na verdade, não seria um ponto específico para o local, e sim, espaços em alguns pontos da cidade, junto de praças e playgrounds para que a experiência de convívio familiar seja ampla. “A maior parte seria na Estação, se aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado. Faríamos outros dois ou três pela cidade. De início, apenas um. Após, buscaremos formas de viabilizar outros”, ressalta.
Através de uma emenda ao orçamento da União, no valor de R$ 150 mil, a deputada federal Maria do Rosário (PT) irá encaminhar as verbas para o ParCão que terá espaços cercados e instalação de bancos para as pessoas e de rampas, túneis e obstáculos, entre outros equipamentos, para os animais se exercitarem. “Serão espaços dedicados para o convívio e brincadeira dos animais. Haverá pista para recreação. As pessoas estão cada vez mais cuidando e curtindo seus cães e outros animais. Queremos proporcionar espaços adequados para isso. Estes espaços serão cercados, garantindo mais segurança às pessoas e aos animais”, adianta Coitinho.
O montenegrino Francisco Cezar Mariano caminha pelo menos há seis anos com sua Border Collie. Para ele, que preza pelo bem estar de sua companheira de quatro patas, a proposta do parque foi uma boa iniciativa e o local apresentado, a Estação da Cultura, faz todo sentido. “Tem um bom espaço e como eu gosto de caminhar sempre com ela para ela se exercitar é muito bom. Ainda mais que eu moro aqui perto da Estação”, salienta.
João Pedro Gadini também é a favor da proposta. Ele é dono de dois cachorros, um Shitzu e outro Vira-lata, e não abre mão de passear pelo menos duas vezes ao dia com seus animais. João conta que já foi diversas vezes a Porto Alegre para garantir diversão para os seus pets. Para ele, a proposta traz benefícios para os donos de cães, mas também apresenta pontos negativos. “Eu sou a favor, porque os cachorros merecem diversão. Essa ideia é boa principalmente para quem tem animais e casa pequena, onde eles não possam aproveitar. Mas, também tem a parte ruim, como transmissão de doenças de um animal para outro nesse espaço, além da questão do porte do cachorro, onde um maior pode acabar atacando alguma raça menor”, opina.
Luiza Kimura, presidente da Associação Montenegrina dos Guardiões dos Animais, a Amoga, por sua vez, não é tão favorável à proposição. Para ela, não é que a ideia seja ruim, mas os voluntários têm outras prioridades para a causa animal do que apenas sua diversão. “Esse local não é ruim. Esse pessoal que mora em apartamento iria lá, levaria seu animal para passear. O problema é que eu acho que a gente tem outras prioridades. O próprio local que a gente ganhou e até hoje não pôde usar porque não conseguiu estruturar é um exemplo. A castração em massa que a gente pede há muito tempo também. Isso sim para gente é prioridade”, ressalta. A ONG Cachorreiros e Gateiros optou não se pronunciar sobre o assunto.