TEMAS serão levados para Conferência Estadual no ano que vem
A 1ª Conferência Municipal da Pessoa com Deficiência, realizada esta semana na Câmara de Vereadores, discutiu a realidade e os desafios de quem possui limitações diversas. O encontro contou com a presença de entidades como Apae e SER Autista, além de um grande número de pessoas da comunidade interessadas no assunto. Após um dia inteiro de palestras e debates, agora está sendo elaborado um documento que servirá de base para o planejamento de ações de curto, médio e longo prazo com vistas à melhoria da acessibilidade e da integração dos deficientes. Também foram eleitos dois delegados (Leila Fátima dos Santos e Giane Campiol) para a Conferência Estadual e mais dois suplentes (Rosemeri da Rosa da Silva e Valdair Silva). Esta Conferência, por sua vez, acontece em 25 e 26 de março de 2024, em Porto Alegre.
Valdair Silva, conselheiro e coordenador da comissão organizadora da Conferência Municipal, destaca que a Conferência tem como objetivo analisar o cenário atual das políticas públicas para as pessoas com deficiência em Montenegro. “A partir desta análise, a Conferência tem também a atribuição de elaborar propostas para encaminhar ao Município, Estado e à União. As propostas são elaboradas apontando necessidades e caminhos para que estas políticas sejam implementadas. Definimos propostas de curto, médio e longo prazo que serão encaminhadas ao Executivo e Legislativo Municipal”, explica.
Para Valdair, é de extrema importância envolver a comunidade junto ao poder público e representantes das pessoas com deficiências. O grande destaque da Conferência é a mobilidade urbana para pessoas com deficiência. Segundo Valdair, as calçadas e ruas não oferecerem segurança para este público. Ele exemplifica com as sinaleiras, que em Montenegro nenhuma é habilitada para pessoas com deficiência visual.
Representando o prefeito Gustavo Zanatta, o secretário geral de governo, Vladimir Ramos Gonzaga, destacou algumas realizações da Administração em defesa das pessoas com deficiência. Citou a Praça Inclusiva, construída no Parque Centenário, a contratação de monitores para acompanhar crianças com necessidades especiais em salas de aula e a criação do Núcleo Cultural de Arte-Educação Especial. Vladimir destacou ainda que a Administração Municipal está trabalhando na legislação, de modo a estabelecer regras para novas obras e fixar prazos para que órgãos públicos e empresas adequem as suas instalações. “Não é uma tarefa fácil, pois a maioria das construções é antiga, de um tempo em que a palavra acessibilidade não tinha o significado e o peso que possui hoje”, sublinhou.