Composteira doméstica é uma solução para o lixo

O reaproveitamento dos resíduos através dessa técnica pode ser grande aliado no cuidado com o meio ambiente

A necessidade de alternativas frente a grande produção de detritos na atual sociedade se tornou incontestável. Para quem mora nos grandes centros urbanos, a situação é ainda pior, já que as opções para o descarte são mais limitadas, principalmente quando se trata de matéria orgânica.

modelo de composteira doméstica utilizada nos treinamentos do CETAM

Diante dessa realidade, o que poucas pessoas sabem é que há possibilidades de reaproveitar o lixo orgânico e transformá-lo em uma fonte de nutrientes, através do processo de compostagem. Muito utilizada na agricultura, essa técnica também pode ser facilmente reproduzida nas casas e apartamentos, ajudando a população a reduzir a quantidade desse tipo de resíduos e consequentemente, contribuindo para o equilíbrio do meio ambiente.

As vantagens de ter uma composteira doméstica são muitas. A coordenadora do Centro de Treinamento de Agricultores de Montenegro (CETAM) da Emater Rio Grande do Sul Claudete Klein, comenta que a questão ambiental é uma das mais importantes. “A produção de lixo é um problema nacional e se cada um aderisse a uma composteira doméstica, estaria ajudando como cidadão a resolver essa situação”, destaca Klein. Esse tipo de resíduo despejado nos grandes lixões, junto com os materiais tóxicos como pilhas, acaba gerando efluentes que contaminam solos, lençóis freáticos e a atmosfera, piorando a qualidade de vida da população.

Nesse tipo de compostagem nem todos os detritos podem ser utilizados. O mais indicado são as sobras dos alimentos como as cascas de frutas, verduras, o pó de café, sachês de chá, entre outros. De acordo com a coordenadora, restos de carne, laticínios e óleos não podem fazer parte da composteira, pois contêm sal. Essa restrição tem um motivo, pois nesse processo são utilizados minhocas para a transformação do lixo orgânico em adubo, que posteriormente pode ser utilizado para colocar em plantas, hortas e jardins.

como funciona
A composteira doméstica mais comum é formada por três recipientes empilhados, geralmente se usam baldes com tampa. Depois é necessária uma pequena quantidade do lixo orgânico junto a folhas secas e mais algumas minhocas da espécie californiana.
As duas caixas que ficam na parte de cima servem como depósito para os resíduos domésticos. São nesses recipientes que as minhocas e os microorganismos atuarão para transformar os restos dos alimentos em adubo orgânico, num processo que dura uma média de 45 a 60 dias, dependendo da temperatura. Quanto maior o calor, mais rápido o processo de compostagem.

A última caixa empilhada serve como coletora do chorume. Esse líquido pode ser utilizado como biofertilizante, já que diferente daquele produzido em aterros e lixões, não é tóxico e não tem cheiro, mas são necessários alguns cuidados.

Em casos de dúvidas quanto a técnica de compostagem, os escritórios municipais da Emater estão à disposição, bem como o CETAM que possui curso de Horticultura Agroecológica, com treinamento para esse tipo de processo.

Para outras informações, entre em contato através do email [email protected] e pelo site www.emater.tche.br acompanhe o calendário completo dos cursos oferecidos e outros conteúdos.

Últimas Notícias

Destaques