Orientados em reunião com a Serbet, eles formalizaram pedido que será avaliado
Comerciantes de rua que atuam no Centro de Montenegro procuraram o gabinete da vereadora Camila Oliveira (Republicanos) pedindo ajuda quanto à cobrança do estacionamento rotativo. O apelo foi devido à taxa cobrada para quem usa veículos para a comercialização, como é o caso da empreendedora Claudete Aparecida Rodrigues Schvantes, que vende lanches em seu trailer estacionado na rua Ramiro Barcelos. “A taxa pode não parecer muito, mas, agora, com essa pandemia que deu, um dia a gente vende bem e no outro, não. Nos cobram R$ 21,50 por dia que, somando, dá quase R$ 6 mil num ano. Quantos lanches eu vou ter que vender em um ano para pagar isso para uma firma que nem é de Montenegro?”, desabafa.
O contato com Camila motivou uma reunião realizada na Câmara de Vereadores para discutir o assunto com a direção da Serbet, a empresa responsável pela cobrança do estacionamento rotativo através de concessão da Prefeitura. “A partir do momento em que entrou em operação o Estacionamento Rotativo, ficou muito pesado para eles pagarem”, comentou a vereadora. A taxa diária cobrada dos comerciantes de rua é de R$ 21,50 de segunda à sexta-feira; e R$ 10,75 nos sábados. Em um mês, o custo é de, em média, R$ 473,00. Em um ano, R$ 5.676,00; conforme o contrato.
“Isso é um abuso. Nós somos daqui e estamos trabalhando para a cidade. Estamos aqui com o nosso negócio, que tem dias que vende e dias que não vende, para termos que pagar mais de R$ 470,00 mensais”, critica a também comerciante Luci da Silva Vargas, que, de carro, comercializa panos de prato na Ramiro Barcelos há cerca de quatro anos. A amiga e colega Claudete, do trailer de lanches, está há cinco anos na atividade. “Os nossos carros são cadastrados na Prefeitura para nós podermos trabalhar com eles. Quando nós abrimos o MEI, que já pagamos as taxas, nós tivemos que cadastrar o carro porque só podemos ter os produtos nesse carro. Então, isso é um abuso”, completa Luci.
A empreendedora conta que, em 2020, os comerciantes já tentaram, através de abaixo-assinado, sensibilizar a Prefeitura a oferecer a isenção da cobrança. Eles argumentam que, na formatação do contrato do estacionamento rotativo, já se sabia dos comerciantes cadastrados – que são quatro na área central – e defendem o estudo de demarcação das vagas isentas a eles; que poderiam ser compensadas com vagas de estacionamento em outras ruas, onde o rotativo não é cobrado. Na recente reunião na Câmara, a gerência local da Serbert orientou a formalização de um ofício, com a assinatura dos comerciantes, a ser encaminhado para análise na sede da empresa. O documento foi feito na última semana, assinado pelos quatro interessados, para ser encaminhado e analisado. (DM)