PAVIMENTAÇÃO E ENCHENTES também foram pautas do Prefeito Tá On
Na primeira edição do programa Prefeito Tá Onde 2025, realizada na última quarta-feira, 22, o prefeito de Montenegro, Gustavo Zanatta, acompanhado pelo secretário de Planejamento, Rafel Cruz, apresentou um balanço das principais obras em andamento no município e respondeu a dúvidas da comunidade.
Entre os projetos destacados, estão as intervenções no Cais do Porto das Laranjeiras e no Morro São João, além da conclusão da revitalização do Parque Centenário. Sobre este último, Zanatta ressaltou que “tudo depende do tempo”, explicando que a pandemia e outros imprevistos atrasaram o cronograma inicial.
“A gente já sabia os principais pontos nefrálgicos dentro do município”, afirmou o prefeito, mencionando a necessidade de estruturar a administração para atender às demandas da comunidade. “O Parque Centenário é o coração da cidade, mas ele precisava de uma infraestrutura muito grande.”
Zanatta lembrou que o projeto para o parque inclui a construção de um restaurante, decks, uma nova pracinha, pista de caminhada, pista de skate e melhorias na iluminação e arborização. “Tem muitas coisas que já avançaram, mas outras ainda estão em fase de projeto”, explicou o gestor, atribuindo os atrasos à complexidade dos processos licitatórios.
Rafael usou como exemplo para a fala do prefeito a pista de skate, que deve ser licitada esse ano. “Conseguimos finalizar o projeto e agora daremos início à obra. Os decks também serão licitados em breve, e a pista de caminhada já está com o projeto pronto”, disse o secretário.
“Nosso maior desafio agora é o restaurante. Estamos trabalhando em conjunto com o vice-prefeito, Cristiano Braatz, para encontrar a melhor forma de terceirizar esse serviço. É um processo complexo, mas estamos confiantes em encontrar uma solução que atenda às expectativas da comunidade”, afirmou Cruz.
Em relação à manutenção da limpeza do Parque, Zanatta destacou a falta de pessoal para realizar tarefas como capina e organização. Ele menciona que a alta frequência de visitantes exige uma equipe maior e mais especializada para manter o local em boas condições. Por isso, o prefeito revela a intenção de contratar uma empresa terceirizada para realizar a manutenção do espaço público. A medida visa garantir a limpeza e organização diária, liberando os servidores do município para outras atividades.
Obra no Cais é complexa e pode levar mais de dois anos
Segundo prefeito e secretário, uma das principais dificuldades encontradas pela administração municipal foi a complexidade técnica das obras de contenção do talude do Cais, que apresenta risco de desmoronamento. “Nós não tínhamos a equipe técnica preparada para aquele tipo de serviço”, explicou Zanatta.
Conforme Rafael, para solucionar o problema, a prefeitura contratou a Caixa Econômica Federal para elaborar um termo de referência detalhado. Esse processo, que durou cerca de um ano, foi necessário para garantir a qualidade do projeto e atrair empresas especializadas na área.
“A licitação para a contratação da empresa que irá executar o projeto já foi aberta”, informou o prefeito. No entanto, Zanatta ressaltou que o processo é longo e complexo, com prazos estimados de quatro a seis meses para a entrega do projeto e mais dois anos para a execução da obra.
“Temos pronto um projeto para a parte superior do Cais, que seria como a Orla do Guaíba”, afirmou Cruz. No entanto, a execução depende da conclusão das obras de contenção do talude.
Iniciam estudos para revitalização do Morro São João
Segundo o secretário Rafel Cruz, a prefeitura de Montenegro iniciará os estudos para a revitalização do Morro São João. “A gente conversa com o Jaime Büttenbender, que incentiva a questão do Morro, por ser ligado ao turismo e à cultura, junto com a secretária Dani Boos, e vamos começar a trabalhar na contratação de um projeto”, afirmou Cruz.
O secretário explicou que a prefeitura não possui equipe técnica para desenvolver o projeto e, por isso, será necessário contratar uma empresa especializada. “É uma obra maior e mais complexa. Temos que buscar uma empresa terceirizada, porque ela já tem a expertise”, justificou.
A primeira etapa do projeto envolve a melhoria da estrada de acesso ao morro, com obras de contenção e pavimentação. Além da estrada, o projeto também prevê a revitalização dos mirantes, com a criação de novos pontos de observação e a melhoria da infraestrutura existente.
Respostas às demandas da comunidade
Elisandra da Silva, moradora da rua dos Imigrantes, no bairro Senai:
Agradeço a pavimentação da rua dos Imigrantes, mas quero pedir ajuda do prefeito porque já era perigoso antes, porque os motoristas andam muito rápido. O sentido certo era só descer, mas ninguém respeita a contramão. Teria que ter quebra-molas. Se essa mensagem chegar até o senhor, nos ajude, prefeito.
Zanatta: Nem sei se o pavimento ali permite. Nós temos uma legislação para seguir. A gente já sabe da dificuldade. Vamos tentar resolver da melhor forma, porque nem tudo na vida é quebra-mola.
Aníbal Ferreira de Sousa – bairro Aeroclube:
As ruas Hernandes Fernandes e a Atlanta têm possibilidade de serem asfaltadas? E por que a prefeitura mexe muito pouco no Aeroclube?
Zanatta: A cidade é muito grande. A gente tenta, da melhor forma possível, atender a todos os bairros. Já está licitada e já tem empresa ganhadora, que vai executar a obra. Vão ser contempladas essas duas ruas, além de outros projetos no Aeroclube.
Aníbal Ferreira de Sousa – bairro Aeroclube:
É possível uma solução de quebra-mola, ou alguma coisa similar, para a rua Ernandes Fernandes, pois com a pressa de deixarem e pegarem as crianças na creche, os pais voam. Tem nesta rua 5 transversais, muitos cavalos, motos, cachorros, é necessária umasolução para evitarmos acidentes que irão acontecer se nada for feito.
Zanatta: Em janeiro de 2021 foi planejado pavimentar as ruas que têm alguma ligação, das ruas conectoras, do plano diretor, então tudo isso foi pensado também. Já estava previsto. Não tem como fazer a quantidade de obra que a gente está fazendo na cidade sem ter planejamento.
Jenifer Quadros – bairro Panorama:
Quando será arrumada a entrada do bairro Panorama? Está há muito tempo cheia de buracos. Os próprios moradores estão tendo que dar uma tapeada, para que não aconteçam acidentes e estragos nos veículos.
Rafel Cruz: O município não pode fazer intervenção naquele local sem liberação da Caminhos da Serra Gaúcha (CSG). Temos uma limitação de 50 metros do eixo até a rua. Então, teria que fazer a solicitação para a empresa. Já mandei ofício para CSG, direcionado ao diretor, com dois pedidos importantes. A iluminação de toda a baixada das rotatórias e principalmente uma passarela, justamente na esquina da Heitor Müller.
Zanatta: Quem tem que fazer, no meu ponto de vista, é a empresa. Eles cobram pedágio para isso.
Ângelo Rodrigo Marion – bairro São Paulo:
As ruas do bairro São Paulo, onde passam os ônibus urbanos, receberão pavimentação asfáltica?
Zanatta – Tem várias ruas para serem asfaltadas lá, pelo menos umas seis, Otávio Dias Ferraz, Orlando Albrecht, Coronel Adão Luiz Kauer, Carlos Petry. Essas já estão em contratação de projetos, são ruas que, terminando o projeto, a gente vai licitar para contratar uma empresa para executar.
Rafael Cruz: Já está na cara do gol, como a gente fala. A empresa tem um prazo de quatro meses para entregar, porque são 41 ruas, então depende a velocidade que a empresa vai entregar e cumprir o contrato, porque algo que nós lidamos todo dia é com a burocracia. Esse é um problema, mas dentro desses quatro meses eles vão fazendo os projetos e vão nos entregando.
Tamara Flores – bairro Imigração:
Por que a patrola não passa nunca na Travessa São Leopoldo? O prefeito já foi indagado sobre isso e disse que iria resolver, quando esteve na associação do bairro Imigração.
Zanatta: Eu não tenho como executar tudo ao mesmo tempo, mas a gente consegue fazer. É só organizar, podemos olhar essa situação e resolver o quanto antes. Problemas pontuais como esse, recebemos todos os dias.
Sueli da Silva – bairro Ferroviário:
Que medidas urgentes vão ser tomadas para desentupir os bueiros, pois, quando chove inunda todas as ruas? Quando vier enchente vai tapar nossas casas que já sofrem com qualquer alagamento.
Rafel Cruz: Já estão sendo tomadas medidas desde a época da enchente. Estamos com um problema sério de drenagem, porque é muito antiga. Temos dificuldade muito grande de fazer a manutenção, porque tem que ser feita uma rede nova. Contratamos uma empresa e temos uma ata de registro de preços de R$5 milhões.
Estamos fazendo em alguns bairros para resolver a questão dos canos, de drenagem. E aumentar a bitola para que tenha mais vazão. Também contratamos uma empresa que vai custar cerca de R$ 300 mil ou R$ 400 mil, para trabalhar junto com o pessoal do Pátio na questão de desobstrução das redes.
A gente não sabe se vai resolver porque vai desentupir, mas tem o grande problema da drenagem, não é só questão de limpar. Depois dessas duas últimas chuvas grandes, não sabemos o que vai encontrar debaixo do solo, mas vamos começar a manutenção, estamos investindo nesse setor.
Eu já tive reuniões desde outubro do ano passado sobre enchente. A gente vai contratar uma faculdade que tenha expertise para nos entregar um plano que, com certeza, nós não vamos conseguir executar no governo Zanatta de minimizar as cheias. E não só minimizar as cheias, criar bacias de contenção aonde que a gente pode diminuir os alagamentos.
Zanatta: Não vai ser só cano, tem que fazer uma rede de 100, 200 metros. Se antes já tínhamos problemas, agora depois das enchentes, está muito pior. O maior problema, com toda certeza, está onde a gente não enxerga debaixo da terra.São canos com diâmetros pequenos, entupidos, rachados, com problemas.
Para trocar os canos da rua, tem que ter um projeto, depois tem que saber se vai executar através da prefeitura, com aquela mão de obra que tu não tem, aí tu tem que contratar uma empresa para fazer.
Nós gastamos R$3 milhões em desassoreamentos depois das enchentes. Estamos esperando mais R$1,5 milhão do Governo do Estado, do programa Desassoreamento RS, que ainda não veio nem fazer a visita técnica. Mesmo não tendo esse recurso do Estado, gastamos do cofre do município para fazer limpeza de arroios.
Não posso mexer no rio, é outra coisa que as pessoas também têm que saber. O rio é responsabilidade do DNIT. A responsabilidade do município é o desassoreamento dos arroios. O Estado está contratando uma empresa para fazer o estudo de batimetria de todo o rio, vindo lá de cima porque não adianta só nós aqui fazer melhorias e outras cidades não.
Jean Guth – bairro Ferroviário:
O prefeito está cobrando o governador do estado Eduardo Leite pela batimetria da bacia hidrográfica do Rio caí?
Zanatta:A informação que nos passaram é que vão pegar esses dados e vão contratar uma empresa para fazer a dragagem sobre o estudo da batimetria.
Rafael Cruz: Mas primeiro estão fazendo a contratação da batimetria. Quem cuida da questão do Rio é o Estado. A prefeitura, mesmo nós querendo, não tem como fazer.
Daniel Luis – bairro Ferroviário:
Os afetados da Enchente que estão esperando pelo auxílio reconstrução do governo de R$200 mil, para a compra da casa assistida, querem saber porque o processo parou,ninguém mais recebeu informações nenhuma,só dizem que o “LOTE” não saiu ainda. Por que de tanta demora?
Zanatta: A questão do lote é que empresas vão ter que construir casas para vender, porque em Montenegro ninguém mais tem casa de R$200 mil para vender.
Rafael Cruz: Para construir casas para vender a empresa tem que fazer uma carta de intenção, via Caixa Econômica Federal. A parte do município é viabilizar a questão quando tiver um lote.
Lica: A obra da nova Tio Riba será concluída em 2025?
Rafael Cruz: Seria feito através de uma tecnologia que monta em blocos, em 90 dias iríamos entregar a escola.Tivemos algumas denúncias do Tribunal de Contas pedindo mais explicações. Acionamos a Promotoria da Educação porque a gente queria inovar, mas a empresa que ofertava a tecnologia tem problemas com outra. Por orientação do Tribunal de Contas a gente recuou, mas não mudamos o pensamento de fazer a escola em um modelo mais rápido.
Nesse meio tempo o Governo Federal não poderia nos passar os R$6 milhões se fosse naquele modelo de obra. Fomos duas vezes à Brasília mostrar para o Governo Federal que aquele modelo construtivo era mais ágil e tivemos a compreensão deles. Agora, como recuamos para poder pegar esse recurso, vamos lançar nova licitação. Estamos com projeto em meio caminho andado, vai ser em Steel Frame, estamos modificando o projeto para poder lançar. Acredito que neste ano a gente entregue a Tio Riba.