Cinco anos de inclusão literária e tecnológica

No Telecentro, localizado no bairro Timbaúva, também funciona a extensão da Biblioteca Pública Municipal

Acesso à tecnologia e ao conhecimento. O Telecentro e a extensão da Biblioteca Pública Municipal Hélio Alves de Oliveira na Timbáuva completaram 5 anos na última sexta-feira, 30. Em solenidade realizada no próprio local, na praça em frente ao Grêmio Gaúcho, representantes do município, colaboradores do espaço e alunos se reuniram para prestar homenagem com direito à velinha e bolo.

Assistente administrativa do espaço há três anos, Rejane Cristini Junges de Mello destaca que, desde a instalação, a finalidade do espaço é integrar a comunidade local, oportunizando a inclusão digital e crescimento intelectual.

“Somente na biblioteca, são 530 cadastrados atualmente. Fora os usuários do Telecentro. Os nossos principais desafios são atender as necessidades que a comunidade apresenta, em várias esferas, e despertar o interesse pela leitura e pela tecnologia”, destaca.

Diretora da Biblioteca Pública Municipal, Ana Valdeti Martins informa que de maneira gratuita, os cursos, acesso à internet e à leitura estão à disposição da população. “Seja para retirar livros ou fazer o currículo. É para que a comunidade se aproprie do local. Sempre há funcionários para atender as solicitações, funcionários esses que também preparam cursos tanto para crianças e jovens quanto aos mais velhos”, explica.

Ana ainda destaca que é possível ocupar o local para pesquisas literárias ou através da internet e que há, inclusive, momentos literários como Hora do Conto e Troca-Troca de Livros.

Na ocasião, também o prefeito Carlos Eduardo Müller fez um pronunciamento, salientando o desejo de que a comunidade se aproprie cada vez mais do espaço e serviços ofertados. Em sua fala, a diretora de Cultura enalteceu o trabalho realizado e engajamento da população, desejando que a iniciativa complete 5, 10, 15 anos, criando raízes.

Atenção especializada para quem precisa de orientação
Estudante do Técnico em Informática, Guilherme Elyenai Schweig é funcionário e auxilia quem busca por ajuda. O jovem conta que o público frequentador é variado, de diferentes faixas etárias. “Algumas vezes chega a ter 11 pessoas aqui. O pessoal vem bastante para acessar as redes sociais, ouvir música, ver e-mail”, diz.

Na estrutura, são 10 computadores disponíveis para uso, conectados na internet. “Na primeira vez que for utilizar, a pessoa faz um cadastro com comprovante de residência e documento com foto. A partir disso, os acessos passam a ser contabilizados. É muito legal ver o desenvolvimento das pessoas conforme vão aprendendo”, pontua.

Com mais de 30 anos de especialização em ensino tecnológico, Jaqueline Severo Bach, professora dos cursos ministrados no local, enfatiza que as turmas são sempre fechadas em pequenos grupos, com 5 a 7 alunos, para um atendimento individual mais qualificado. “E é possível participar quantas vezes quiser, até que a pessoa se sinta confiante em ligar e desligar a máquina, entenda que há programas para serem utilizados no computador e a manuseá-los e saibam sobre redes socais, uso de e-mail, WhatsApp”, comunica.

O horário de funcionamento do Telecentro é de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min e das 13h às 16h30min.

De forma gratuita, comunidade pode retirar livros e utilizar a internet e computadores disponibilizados no espaço, localizado no bairro Timbaúva
A experiência dos alunos
Morando praticamente ao lado do Telecentro e aluna de informática desde o início do ano, a professora aposentada Elda Provin de Almeida destaca a ótima experiência em participar das aulas. “Para quem não havia tido muito contato com a tecnologia, como eu, é um pouco mais difícil. Mas eu aprendi muita coisa aqui. E vejo pessoas humildes tendo esse contato, como um colega certa vez. Acho tão lindo. Acredito que o conhecimento é algo que vai mudar o mundo”, pontua.

Também frequentador, Paulo Roberto Mesa relata que antes de o Poder Público construir o prédio abrigo do centro e biblioteca, presenciava o abandono e depredação da estrutura com o descaso da população.

“Eu e minha esposa vínhamos tomar chimarrão na praça e por diversas vezes trouxemos sacolas para limpar a sujeira que deixavam. Então acompanhei o nascimento do Telecentro e participei de muitos cursos promovidos. Hoje uso muito pouco o espaço, mas meus netos têm frequentado bastante”, encerra.

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