O Dia dos Mortos se aproxima e, com isso, se intensifica o trabalho de manutenção do Cemitério Municipal de Montenegro, que já é realizado periodicamente, mas é reforçado nesta época do ano. Além dos serviços de rotina, são promovidas ações para garantir a limpeza em uma das datas de maior movimento no local. As mudanças começam no acesso e vão até a substituição de lixeiras.
O estacionamento, em frente ao cemitério, ganhou novas vagas. O portão já foi pintado, pneus se transformaram em floreiras e canos de concreto viraram lixeiras, que tem o objetivo de conscientizar a população sobre o descarte de resíduos no local adequado. A administradora do cemitério municipal, Susana Souza, conta com três funcionários para manter a ordem no local, sendo que dois são apenados do regime semi-aberto.
Susana está à frente da gestão do cemitério há um ano. Para ela, esse período foi bastante produtivo. “Quando eu entrei estava tudo muito atirado. Latas eram usadas como lixeiras e os banheiros estavam em péssimas condições”, avalia. Hoje a própria Susana faz a limpeza dos sanitários. As mudanças começam a ser notadas pelos visitantes.“Eu estou encantada em ver o capricho. Os banheiros estão bem limpos, antes não era assim”, observa a aposentada Nair de Andrade, proprietária de uma sepultura.
Contudo, o maior problema dos banheiros é a depredação. “Não adianta colocar portas e janelas. A gente coloca de dia e de noite elas são levadas”, conta a administradora. Os atos de vandalismo não param por aí. Arrombamentos na sala da administração e ao refeitório são comuns, no entanto, ao perceberem que não há objetos de valor a serem furtados, os vândalos acabam indo embora de mãos vazias. Susana diz que a situação já foi pior. O cemitério costuma ser usado como ponto para consumo de drogas e prostituição. Nos últimos meses, a ocorrência desse tipo de situação diminuiu. Susana não sabe o motivo, mas comemora o fato.
População deve ajudar a impedir o aparecimento do mosquito transmissor da dengue
A administração do cemitério está preocupada com as embalagens das flores colocadas nos túmulos. O formato de cone do plástico serve como reservatório para água da chuva. O temor é que o acúmulo de líquido propicie a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, febre amarela, chikungunya e zika vírus.
Para Susana Souza é importante que as pessoas saibam que podem colaborar para manter o cemitério em boas condições. Para isso, são necessários cuidados como recolher restos de materiais comumente são deixados no local, e também não deixar nenhum tipo de objeto que possa acumular água.