“Essa é uma luta que busca oferecer às pessoas com transtorno mental grave um tratamento em liberdade, com dignidade, respeito, amor e muito compartilhamento”, disse a psiquiatra e coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Montenegro, Jaqueline Porto, sobre o Dia Nacional da Luta Antimanicomial.
Comemorada no dia 18 de maio, a data propõe mudanças não só no cenário da Atenção à Saúde Mental, mas também busca fomentar os questionamentos sobre as relações de estigma e exclusão que social e culturalmente se estabeleceram para as pessoas que enfrentam esse tipo de problema. Para celebrar o dia, o Caps realizou, na última sexta-feira,18, uma tarde de ações com os atendidos pela entidade no município, onde ocorreu uma oficina de arte. “Desenvolvemos essa dinâmica para pensarmos em conjunto sobre o que é saúde mental com o público assistido e a partir dessa conversa, buscamos produzir uma árvore [símbolo da data] com esses desenhos”, disse a coordenadora.
Cada pessoa presente ganhou um papel com formato de folha para escrever uma frase ou desenhar o significado de saúde mental. Entre lápis de cor, caneta e alguns sorrisos dispersos, palavras como, paz, amor e alegria foram surgindo dando forma às obras artísticas misturadas aos traços carinhosamente desenhados.
A coordenadora do Caps destaca que o trabalho de saúde mental é algo permanente e em conjunto com toda a sociedade. “O que cura não é só a medicação, mas sim, a pessoa ser escutada, ser vista, ser valorizada, além de acreditar na sua própria capacidade e não é através de uma internação que ela vai conseguir isso”, ressalta a psicóloga.