Diocese de Montenegro teve momento de reflexão com presença de representantes da educação de 14 municípios
Na tarde de hoje, Quarta-feira de Cinzas, ocorreu a abertura oficial da Campanha da Fraternidade 2022. Na Cúria Diocesana de Montenegro, o bispo Dom Carlos Rômulo Gonçalves e Silva recebeu representantes da área de educação de diversas cidades da região para uma conversa sobre o tema deste ano: “Fraternidade e Educação”. Segundo o bispo, com o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor”, a Campanha tem como objetivo principal envolver diretamente a igreja à educação dos municípios após a dura realidade sentida com o passar da pandemia, no sentido de comunhão e conversão.
Além de Montenegro, Maratá, Brochier, Pareci Novo, Vale Real, Barão, São Pedro da Serra, Estrela, Alto Feliz, Feliz, Bom Retiro do Sul, Fazenda Vilanova, São Leopoldo e São Sebastião do Caí estiveram representadas na abertura.
Ciglia da Silveira, secretária de educação de Montenegro, afirma que as escolas sozinhas não conseguem atender as demandas de toda a comunidade, por isso, é preciso uma integração de esforços. Ela cita a grande importância do apoio da Pastoral da Criança. “Este é um ótimo caminho para nós, precisamos da Pastoral. Estamos trabalhando na busca ativa dos alunos para encontrá-los, ouvir suas realidades e saber deles e dos pais por que não estão na escola, por que não retornaram depois da pandemia. A Pastoral da Criança precisa ser um canal de comunicação”, ressalta.
O padre Marcos Oliveira, de Bom Retiro do Sul e Fazenda Vilanova, pontua que a Campanha é muito oportuna pelo tempo em que se vive, um “pós pandemia”. Ele relembra as dificuldades impostas para a classe de professores durante o período. “Eu acompanhei uma exaustão dos professores, principalmente neste segundo ano. Todo mundo teve que se reinventar, mas a classe se desdobrou para ir atrás de novas propostas para não deixar os alunos para trás”, salienta.
Ele destaca que a Campanha, apesar de católica, sempre acaba englobando toda a comunidade e comenta sobre um episódio vivenciado. “Professores são das mais diversas religiões e realidades. Achei o tema fantástico. Conversando com uma professora estes dias atrás, ela me disse que tem dias que desanima, porque passam por muita coisa e não são bem remunerados. Então questionei o que motivava ela a continuar. Ela me disse: o amor pelo que eu faço. Então, é mais que uma profissão, é vocação e amor. O grande ganho de debater esse assunto agora, além de repensar e se reformular é amar o que se é, e nisso, questionar como dar o melhor da gente para os outros”, conclui.
Objetivos Específicos da Campanha
1. Analisar o contexto da educação na cultura atual, e seus desafios potencializados pela pandemia.
2. Verificar o impacto das políticas públicas na educação.
3. Identificar valores e referências da Palavra de Deus e da Tradição cristã em vista de uma educação humanizadora na perspectiva do Reino de Deus.
4. Pensar o papel da família, da comunidade de fé e da sociedade no processo educativo, com a colaboração dos educadores e das instituições de ensino.
5. Incentivar propostas educativas que, enraizadas no Evangelho, promovam a dignidade humana, a experiência do transcendente, a cultura do encontro e o cuidado com a casa comum.
6. Estimular a organização do serviço pastoral junto a escolas, universidades, centros comunitários e outros espaços educativos, em especial das instituições católicas de ensino.
7. Promover uma educação comprometida com novas formas de economia, de política e de progresso verdadeiramente a serviço da vida humana, em especial, dos mais pobres.