“Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” é o tema central deste ano
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou, nesta Quarta-Feira de Cinzas, 26, a Campanha da Fraternidade de 2020, que tem como tema Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso. A ação, cujo lema é a frase “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”, tem foco no compromisso da Igreja com a defesa, proteção, cuidado e resgate da vida em todas as suas instâncias.
A Campanha da Fraternidade é realizada anualmente pela Igreja Católica no período da quaresma. A cada ano, é escolhido um tema para despertar a solidariedade dos fiéis em relação a um problema concreto. Segundo o bispo da Diocese de Montenegro, Dom Carlos Romulo, este ano o olhar da Campanha está voltado para a vida em todas as suas etapas. “Envolve a questão da vida desde a concepção, nas suas vulnerabilidades, a questão da pobreza, das doenças, das dependências químicas que a gente tem essa preocupação, e também a vida na velhice”, diz.
O material da Campanha já foi distribuído nas comunidades da Diocese e de acordo com Dom Carlos, as atividades religiosas e sociais se voltarão para o tema. “Tem os grupos de famílias que se encontram para refletir e rezar juntos, também tem os momentos de oração como a via sacra. E depois também tem nesse material conteúdos que são trabalhados em escolas, palestras, encontros”, relata o bispo.
Comissão para apurar abusos sexuais
Além do tradicional lançamento da Campanha da Fraternidade, na data, a Arquidiocese de Proto Alegre se tornou a primeira a instalar oficialmente no Brasil uma comissão para prevenir e apurar denúncias de abuso sexual na Igreja. A pesar de existirem outras, esse grupo possui um caráter multidisciplinar.
Através da ação, casos suspeitos terão que ser apurados em 90 dias e deixarão de ser protegidos por sigilo. Qualquer cidadão poderá ter informações sobre denúncias sob investigação. Em situações de assédio, o envolvido fica proibido de atuar com crianças e adolescentes. Se for estupro ou uso de imagens pornográficas, o religioso terá como punição a perda do sacramento. Dom Carlos Romulo assinala que a Diocese de Montenegro ainda não possui a comissão, mas está trabalhando para a sua criação até junho deste ano.