Camboim deve virar Unidade de Conservação Ambiental

Iniciativa da Prefeitura de Montenegro busca garantir a preservação da área

A secretaria municipal de Meio Ambiente de Montenegro trabalha para oficializar a área do Camboim como uma Unidade de Conservação Ambiental, garantindo sua preservação. É um largo trecho, que começa no bairro Olaria, junto à rua Osvaldo Aranha, e se estende até a divisa com Capela de Santana. Pegando parte do rio e o Morro da Mariazinha, ele é rico em fauna e flora; alagadiço e age como uma bacia de amortecimento das cheias do Caí.

“Existe uma trilhazinha ali, que vai até o rio; e tu se impressiona com a quantidade de canto de pássaros. É impressionante”, destaca o titular do Meio Ambiente, Adriano Campos Chagas. Ele aponta que a diversidade de animais na área é reflexo do crescimento urbano ao norte do Município, que levou as espécies para o lado do Camboim. No ano passado, o Ibama registrou até o avistamento de um gato do mato na região, ocorrência que incentivou as tratativas pela conservação.

Adriano Chagas, secretário de Meio Ambiente. FOTO: ARQUIVO/IBIÁ

O trecho deve ser o primeiro de uma série de unidades a serem destacadas por Montenegro. A iniciativa, segundo Chagas, segue orientação da secretaria estadual de Meio Ambiente para a criação de unidades e não de grandes áreas de preservação.

“Os órgãos ambientais têm como definição que, dentro do perímetro urbano, é melhor a gente trabalhar com Unidades de Conservação pontuais, onde tu realmente delimita uma área que tem potencial ecológico de desenvolvimento de fauna e flora; do que criar uma grande Área de Preservação Ambiental (APA) e essa área não ter uma característica tão ecológica quanto em uma unidade”, coloca o secretário municipal.

Transformando o Camboim em Unidade de Conservação, a pasta vai conseguir limitar a exploração da área, com habitações e construções, garantindo que ele se mantenha preservado. Isso se concretiza, primeiro, através de um estudo técnico de viabilidade com a posterior abertura de processo junto ao Estado. “Aprovada, ela fica homologada junto às unidades do Estado”, explica Chagas.

O secretário diz não temer a reação de quem seja dono de algum lote de terras dentro do trecho em questão. “É uma área alagadiça, de cheia, então não teria outra função a não ser a de preservar a fauna e a flora daquela região, que é muito exuberante”, declara. A secretaria estuda o mesmo caminho para áreas próximas do bairro Panorama, do Morro Montenegro e pelo interior do Município.

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