O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) voltou atrás, na semana passada, em sua decisão de desfazer o negócio de compra da empresa Innova pela Videolar; ocorrido no fim de 2014. Em abril, a autarquia havia decidido reprovar a compra, mesmo anos após ela ter ocorrido, justificando que as empresas descumpriram compromissos. É que ambas as envolvidas já atuavam no setor petroquímico e haviam se comprometido, dentre outros pontos, a manter determinados níveis de produção com o objetivo de afastar efeitos anticompetitivos durante a fusão. Elas também teriam que comprovar benefícios aos consumidores decorrentes da operação.
A anulação do negócio gerou dúvidas sobre o futuro da companhia que, já após a negociação, em 2016, investiu em unidade no Polo Petroquímico de Triunfo. Ela também tem duas unidades em Manaus e uma sede em São Paulo. O caminho que se apresentava ao mercado seria desfazer a operação, devolvendo ativos da Innova à antiga titular, a Petrobras, ou vendendo ativos a terceiros.
Mas após analisar recurso apresentado pelas empresas, o Cade voltou atrás e decidiu aprovar novamente a operação mediante novo acordo de controle de concentração. As organizações também apresentaram dados comprovando que a fusão teve impactos positivos para o mercado. O acerto, agora, ainda prevê que as empresas invistam um percentual do seu faturamento com a venda de poliestireno no desenvolvimento de novos usos e aplicações ou melhorias que impliquem em maior competitividade para o setor. (DM)