Dívidas altas fizeram com que a ONG fechasse as portas temporariamente
“Estamos tendo que fechar os olhos para os pedidos de ajuda.” Este é o desabafo de Claudete Davila Eberhardt, presidente da ONG montenegrina Cachorreiros e Gateiros. Pelo menos pela terceira vez neste ano, a entidade precisou se negar a fazer novos atendimentos até que consiga quitar as dívidas (que não são poucas) já existentes. Claudete explica que o ano tem sido muito complicado e que, sem ajuda da comunidade, os atendimentos aos cães de rua não poderão ser retomados. “Em nenhum momento deste ano ficamos sem dívidas, diferente dos anos anteriores que a gente sempre se manteve em equilíbrio. Os casos aumentaram muito e as doações diminuíram. Como o trabalho é totalmente voluntário, sem ajuda nenhuma do Município, a gente vive de contribuição da comunidade”, ressalta.
Claudete conta, ainda, que como a ONG tem clínicas parceiras, estas costumam fazer o famoso atendimento “fiado”, para ajudar logo o animal de rua, mas que as dívidas já estão bem altas. “Encontramos um animalzinho, levamos para atendimento, é visto o custo que vai gerar e vamos para as redes sociais pedir ajuda para este pagamento. Mas, acabamos tendo pendências permanentes, como de castrações”, pontua. Ainda, o espaço físico também está lotado, pois as adoções também reduziram. “Na minha casa eu tenho quase vinte cães da ONG que não foram adotados, sem contar com os outros voluntários, que também têm. Já não sabemos mais onde colocar animais”, afirma.
Atualmente, a ONG está com uma cachorrinha atropelada internada na Mirene; um cão com tumor no coração que já gera custos há um mês com exames e medicação; cachorrinha esfaqueada no bairro Santa Rita que está terminando seu tratamento, mas ficou internada e ainda uma ninhada pós cinomose em tratamento, onde um dos filhotes está com o olho furado e vai precisar operar.
Ações para arrecadar fundos
Pensando na quitação de dívidas, a ONG está desenvolvendo algumas atividades para arrecadação de dinheiro. No próximo sábado, 4, as voluntárias estarão nas agropecuárias Agrogauer da Timbaúva e Agropet Haupental e Agrostark, (ambas localizadas próximo à Rodoviária), para receber doações para a compra de rações, o que gera custos todo dia para a organização. Segundo Claudete, as pessoas deixam doações nos caixas, no final do dia é somado o valor e retirado em ração nos próprios estabelecimentos. Doando R$ 5,00, a compra é de um quilo de ração; R$ 10,00, dois quilos e R$ 50,00, dez quilos.
Já no dia 12 de setembro, das 14h às 17h, ocorre o BreChá. Um brechó e bazar com kit chá para levar. No valor de R$ 20,00, você garante uma fatia de torta doce, uma fatia de cuca, uma panelinha de limão, três docinhos, cinco salgadinhos vegetarianos e um sachê de chá. Os cartões podem ser adquiridos antecipadamente nas clínicas Mirene e MieAu, Beautycão, Sapecão Banho e tosa, Agropet Trevo, ou, ainda pelo WhatsApp (51) 9 9148-4501. A retirada ocorre junto ao brechó, na rua Torbjorn Weibull, 986, bairro Timbaúva, ao lado do colégio Polivalente. As peças disponíveis no brechó variam de R$ 5,00 a R$ 20,00.