Sargento Mattos orienta banhistas sobre cuidados necessários
Com o calor do verão, a busca por locais refrescantes, como rios, cascatas e praias, se torna mais intensa. O Sargento Ricardo Mattos, do Corpo de Bombeiros de Montenegro, destaca que esses ambientes naturais podem oferecer riscos, principalmente de afogamentos, e é essencial adotar precauções antes de se aventurar nesses locais.
Em entrevista ao Estúdio Ibiá, Mattos alertou que, embora o calor tenha sido ameno neste início de temporada, a tendência é que, com a intensificação das temperaturas nos meses de janeiro e fevereiro, o número de banhistas aumente. “A gente tem que ter cuidado, principalmente aí os adultos que têm filhos, adolescentes, onde estão os seus filhos, que de todas as ocorrências que eu peguei nesses 25 anos de serviço, os pais não sabiam onde os filhos estavam”, disse Mattos, ressaltando a importância da supervisão constante de crianças e adolescentes perto da água.
O Sargento também chamou a atenção para os perigos escondidos nos rios e açudes, que podem mudar de profundidade ou ter materiais submersos como raízes de árvores, tornando o ambiente mais arriscado para quem não conhece a área. “O rio não é um local seguro para tomar banho, por mais que você tenha o Balneário Municipal Baixio, teria que se delimitar uma área de segurança e ficar nela”, enfatizou.
Embora, até o momento, Montenegro tenha tido uma temporada tranquila sem registros de afogamentos, outros municípios da região enfrentaram incidentes. “Nos outros locais aí com quartel de Corpo de Bombeiros, já tivemos casos de afogamento”, afirmou Mattos, alertando que o comportamento de se aventurar em áreas não demarcadas pode levar a tragédias. Ele comentou sobre a situação do município de Maratá, conhecido por suas cascatas, onde há um trabalho de demarcação das áreas de banho e presença de salva-vidas, minimizando riscos.
Conforme o Sargento, é comum que banhistas, principalmente adolescentes, se aventurem em locais inadequados. “O acidente acontece quando se junta o adolescente aí, vai pra um rio, vai pro local pra tomar banho escondido”, afirmou. Casos de afogamento frequentemente envolvem banhistas que não possuem equipamentos de segurança, como boias, ou que estão em áreas de risco, longe de supervisão.
Dicas de segurança para o banho
Mattos também deu orientações importantes sobre como evitar tragédias. “Primeiro, é fazer uma varredura no local que vai tomar banho”, sugeriu. Isso inclui verificar a profundidade da água, demarcar áreas seguras e nunca nadar sozinho. “Leve uma boia, uma corda, algo para dar segurança a quem está se banhando”, completou. Ele ressaltou que a água de rios não proporciona a mesma flutuabilidade que a água do mar, aumentando o risco de afogamento em locais mais profundos.
O Sargento também abordou o problema das piscinas domésticas. “Piscina doméstica tem que ter cercamento. A maneira mais segura de tu proteger crianças em uma piscina é tu botar um cercamento nela”, recomendou, destacando a importância de manter uma vigilância constante sobre as crianças, já que, em segundos, elas podem se aproximar da água sem que os adultos percebam.
Como agir em caso de afogamento
Em casos de afogamento, a rapidez no atendimento é crucial. Mattos orienta que, assim que a vítima for retirada da água, deve-se ligar imediatamente para o SAMU (192) e Corpo de Bombeiros (193). “Iniciar de pronto as ventilações de resgate até a chegada da equipe de socorro”, afirmou. Caso a vítima esteja em parada cardiorrespiratória, compressões cardíacas e ventilação boca a boca são fundamentais até a chegada dos profissionais.
A mensagem principal deixada pelo Sargento é que, para aproveitar o verão com segurança, a conscientização sobre os riscos naturais e a adoção de medidas preventivas são fundamentais. “A água tem que ser respeitada, da mesma forma que o fogo”, afirmou, reforçando a importância de precauções, conhecimento do local e a presença de adultos responsáveis em qualquer situação de banho, seja no rio, na cascata ou na piscina.