Podas e cortes de árvore geram insatisfação

Serviços de podas e cortes geraram insatisfação entre moradores do bairro Timbaúva e Centro. Para evitar problemas com a fiação elétrica, na rua Assis Brasil, no Centro, foi realizada a poda de uma árvore próxima ao Hospital Montenegro. Após o serviço, os galhos, no entanto, ficaram na calçada, em frente a uma residência e demoraram quase duas semanas para serem recolhidos. No outro lado do município, na Avenida Júlio Renner, a indignação foi pelo corte de três árvores.

Na avenida Júlio Renner, três arvores foram supridas

Essa não é a primeira que o debate sobre as regras para corte e poda de árvore é retomado. A moradora do Timbaúva, que prefere não ser identificada, conta que tomou um susto quando notou que três árvores próximas de sua residência tinham sido suprimidas. “Notei na terça-feira (25 de junho), depois do feriado”, disse. “As toras estavam no chão e os galhos já haviam sido retirados, e na quarta-feira não tinha mais nenhum vestígio”, completou a moradora, que ficou na dúvida se a ação era legal.

Se por um lado a rapidez com que os galhos foram recolhidos chamou atenção, no outro lado da cidade a situação foi o oposto. Na rua Assis Brasil, a demora na retirada dos resíduos da poda realizada no local causou transtornos, principalmente para os motoristas que não puderam estacionar no perímetro ocupado.

Após a poda, os resíduos ficaram na calçada durante dias, na rua Assis Brasil

De acordo com o Secretário do Meio Ambiente, Adriano Chagas, a administração não realiza a “poda assassina”, que é a prática de cortar a árvore além do necessário, podendo provocar a morte da espécie. “A administração já disponibilizou dois treinamentos com o biólogo Flavio Barcellos, ex-presidente da Associação Brasileira de Botânica, responsável pelo horto [Jardim Botânico] e por toda a arborização da cidade de Porto Alegre desde 1976”, esclarece Chagas.

Ainda, em relação à supressão das três arvores no Timbaúva, o secretário explica que o órgão emitiu um documento autorizando a supressão das espécies vegetais que eram “exóticas” (tipuanas) na avenida. “O serviço foi realizado pelo dono do imóvel devido a grande dificuldade de suprimir exemplares tão grandes, onde foi preciso o uso de caminhão munck e equipe particular especializada”, acrescentou.

Na última terça-feira, 2, a equipe da RGE esteve na rua Assis Brasil e confirmou que os resíduos da poda já foram retirados e a calçada liberada. A empresa ainda salientou que podas de livramento dos ramos/galhos das árvores no meio urbano são executadas somente em situações de interferência direta à rede elétrica, o que representa cerca de 70% das interrupções de energia registradas na área de concessão da RGE.

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