Entre os problemas mais recorrentes estão os criadouros do Aedes aegypit
Na entrada principal do Cemitério Municipal, uma placa sinaliza, logo de cara, um dos maiores desafios do local: o controle da proliferação de criadouros do Aedes aegypit, o mosquito da dengue. Em meio às centenas de jazigos, o mato alto e o lixo se misturam ao cenário que preocupa e causa indignação em uma parcela da população que passa constantemente pelo cemitério.
Sempre que pode e, principalmente em datas especiais, como o Dia das Mães, o representante comercial Carlos Alberto Schlindvein, visita o local onde estão enterrados alguns de seus familiares. “Meu pai, mãe e irmão estão lá [no cemitério], por isso, procuro cuidar e zelar por esse espaço público”, conta Alberto. Segundo o montenegrino, a falta de capinagem em algumas partes do campo santo é tamanha, que até o acesso aos túmulos é limitado.
“Em vários anos visitando esse lugar, nunca tinha visto ele tão largado. Além do mato que não nos permite chegar aos túmulos, já encontrei covas abertas, o portão sem cadeado até altas horas, o que não era comum antigamente e me causa grande tristeza e raiva”, lamenta o representante comercial.
O mato alto não é o único problema. Apesar das constantes campanhas de conscientização sobre o perigo do mosquito da dengue, são nos jazigos que se escondem grandes riscos. Durante as visitações, é comum os familiares levarem flores com diferentes embalagens. Com o tempo, elas acabam se tornando potenciais criadouros do Aedes aegypit. Andando um pouco mais pelo cemitério, não é difícil encontrar, também, lixos como restos de obra e plásticos.
De acordo a secretaria municipal de Viação e Serviços Urbanos, já está sendo realizada limpeza no Cemitério Municipal e, com condições climáticas favoráveis, o serviço será finalizado ainda nessa semana.
Falta conscientização da população
A chefe administrativa do Cemitério Municipal, Susana Souza, explica que, na parte pública da necrópole, a responsabilidade da prefeitura é somente de limpar os corredores que dão acesso aos túmulos, no entanto, devido à quantidade de lixo deixada no local, a demanda de serviço é ainda maior.
“Infelizmente a falta de consciência da população torna a situação mais complexa. Mesmo não sendo nossa obrigação manter os túmulos limpos, fazemos esse trabalho na medida do possível por saber o perigoso que isso representa para a comunidade em geral”, disse Susana, enquanto virava alguns potinhos com água parada. “Diferente do que muitas pessoas acreditam, na parte pública do cemitério não é cobrada nenhuma taxa de limpeza, por isso, é importante que todos colaborem para manter o local impo”, enfatiza a administradora.