A Galeria de Arte Loide Schwambach, da Fundarte, recebeu na última quarta-feira, 6, a exposição “Quando me desloco eu costuro a cidade”, do artista plástico Fabrízio Rodrigues, e seguirá até o dia 29 deste mês. O evento é uma realização da Fundarte e da Associação Amigos da Fundarte, e a exposição pode ser visitada de segunda à sexta-feira, das 10h às 12h e das 14h às 21h.
“Quando me desloco eu costuro a cidade” traz obras criadas a partir de caminhadas nas cidades de Montenegro e de Pelotas, bem como obras originadas a partir de vivências pessoais e profissionais do artista. Na exposição, Frabrízio traz elementos do bordado, prática que conhece muito bem desde pequeno, e elementos derivados dos mais de dez anos de trabalho como figurinista.
Frabrízio é um multiartista. Além de já ter abordado formas de expressão artística como o bordado e a criação de figurinos, já trabalhou com a maquiagem, direção artística, crochê, tricô, fotografia, desenhos, pinturas e até mesmo com editorial de moda. Ele leva como referências artistas como Joãozinho Trinta, Clóvis Bornay, Flávio de Carvalho e Mickalene Thomas.
Trabalho audacioso
As obras fazem parte de uma pesquisa de mestrado, sendo a abstração da cidade de Pelotas. Parte de um processo, ele destaca a construção do trabalho a partir do caminhar pelas ruas. “E então você direciona outro olhar para a cidade e ela se transforma”, salienta.
As obras são feitas em tapume, material que gritava aos olhos em espaço urbano. A produção é baseada também na perspectiva de outras pessoas, como as Drag queens e Andrea Terra, de Pelotas. “O meu trabalho tem muito de Queer e Kitsch e referências de artistas como Joãozinho Trinta. E vou dizer que a Dragtopogafria, a partir do olhar das Drags queens, foi algo audacioso de se fazer em Montenegro”, diz.