Projeto de robótica abrange diversas áreas do conhecimento
A robótica está ganhando destaque nas escolas como uma ferramenta educacional inovadora, e em Montenegro, a equipe Apollo da Escola Estadual AJ Renner está se destacando ao fazer história. Como a primeira e única equipe de FIRST Tech Challenge (FTC) de uma escola pública no Rio Grande do Sul, a Apollo coloca a instituição no mapa do cenário educacional e tecnológico nacional. Formada por seis alunos do primeiro, segundo e terceiro ano do ensino médio, a equipe segue aberta a novos integrantes do AJ que queiram se aventurar no mundo da robótica e tecnologia.
A FIRST Tech Challenge é uma competição internacional de robótica voltada para estudantes do ensino médio, com o objetivo de projetar, construir e programar robôs para realizar desafios complexos. Esses desafios mudam a cada temporada, oferecendo aos participantes a chance de aplicar seus conhecimentos em ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática. Mais do que uma disputa técnica, o FTC promove o desenvolvimento de habilidades como trabalho em equipe, resolução de problemas e cooperação entre competidores, preparando os jovens para o mercado de trabalho.
Luis Eduardo Pedrussi, de 16 anos, é um dos membros da Apollo. Ele explica que a equipe busca inspirar outros jovens e escolas públicas a se envolverem na robótica, ajudando a derrubar estereótipos como a ideia de que robótica é “coisa de nerd”.“A programação é importante, mas o projeto vai muito além disso. Utilizamos diversas áreas do conhecimento ao longo da jornada, e isso faz com que a robótica seja só uma parte do todo,” afirma Luis. Além dele, Gabriel Elbi dos Santos, Gabriel Natael Milek, Rennyer Antônio, Olivia Krahl Krug e Gil Flávio são integrantes. O professor Anderson dos Santos é o responsável por auxiliar a equipe em todo o processo de montagem e programação do robô.
Atualmente, a equipe se prepara para a classificatória que acontece em janeiro de 2025 em Porto Alegre. Se passarem desta fase, estão direto na classificatória nacional, que acontece posteriormente em Brasília. Superando esta marca, a equipe pode ter uma vaga garantida no tão sonhado mundial da competição.
A importância da FTC para os estudantes
Luis Eduardo destaca que participar da FIRST Tech Challenge oferece uma oportunidade única de aplicar o que aprendem na escola em situações reais. Além do desenvolvimento técnico, os estudantes aprendem a trabalhar em equipe e enfrentar desafios de maneira criativa. “A FTC nos prepara não só para as competições, mas para o futuro, ensinando o valor da colaboração e a superação de desafios, tanto acadêmicos quanto profissionais”, afirma o jovem.
Outro aspecto importante do projeto é o impacto social. Além de desenvolver o robô e treinar para as competições, a equipe precisa realizar ações sociais que beneficiem a comunidade. Um exemplo é a tradicional campanha do agasalho, organizada durante o inverno, onde os alunos mobilizam doações para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade. Essas ações fazem parte dos requisitos da competição e refletem o compromisso da Apollo com o bem-estar social.
A busca por patrocinadores
Para que o projeto continue avançando, a equipe Apollo precisa de apoio. A construção e a manutenção dos robôs exigem não apenas conhecimento técnico, mas também recursos materiais. Além disso, é necessário montar pistas de treinamento que simulem as condições dos torneios, essenciais para o bom desempenho da equipe.
Patrocinadores podem ajudar de várias formas: seja com doações financeiras ou fornecendo materiais como peças para o robô, equipamentos para as pistas de treinamento, ou até mesmo materiais de divulgação, como banners e folhetos. Esses recursos são fundamentais tanto para a participação nas competições quanto para a realização dos projetos sociais que são obrigatórios no FTC.
Luis ressalta que o patrocínio não é apenas um investimento na robótica, mas uma oportunidade de apoiar uma causa maior. “A Apollo representa a inclusão e o poder transformador da educação pública em um espaço muitas vezes dominado por escolas particulares,” afirma o estudante. “Com o apoio de empresas e instituições, podemos ir mais longe e mostrar o quanto a educação pública pode ser competitiva e inovadora.”
Acompanhe e apoie a Apollo
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