Alteração na cor e no gosto da água é registrada em bairros de Montenegro

REUNIÃO entre Prefeitura e Corsan abordou o problema

Daiane Rochele da Rosa, 32 anos, moradora do bairro Cinco de Maio, convive há três semanas com problemas na alteração da cor e no gosto da água fornecida pela Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). Com quatro filhos em casa, ela conta que consome um galão de 20 litros de água por dia para fazer comida e beber, um gasto que está pesando no orçamento já apertado da família. “Faz mais de três semanas que a água está assim. Logo no começo vinha muito marrom, passado uma semana a água começou a vir mais clara, só que ainda com o cheiro e o gosto de terra. Hoje pela manhã a água começou a vir escura de novo e com terra junto. Não tem como usar nem pra fazer comida, nem pra dar para as crianças tomar”, relata Daiane.

Água na cor escura voltou a ser registrada nesta terça-feira, 8, na casa de Daiane

A moradora conta que decidiu deixar de consumir a água da Corsan após ela e o filho apresentarem diarreia e vômito. “Eu passei mal, fiquei com diarreia e vômito, meu filho também ficou ruim por conta da água. Daí eu estou tentando levar com a água comprada, mas quando não tiver dinheiro pra comprar água, que água que eu vou dar pros meus filhos tomar?”, expõe.

O problema relatado por Daiane também é vivenciado por outros moradores da cidade. O aumento nas reclamações fez a Prefeitura de Montenegro convocar uma reunião com a Corsan na tarde dessa terça-feira, 8, para abordar a questão. Na ocasião, o prefeito em exercício, Talis Ferreira, se reuniu com o engenheiro responsável pelo abastecimento da empresa, Ângelo Marcelo Faro.

Em reunião nessa terça-feira, Prefeitura cobrou solução da Corsan para problema

“É preciso que a Prefeitura se posicione para que a comunidade saiba o que, de fato, está ocorrendo”, enfatizou o prefeito em exercício. O representante da Corsan explicou ao Executivo Municipal que os processos de tratamento e as adversidades, como a seca e proliferação de algas no Rio Caí, fazem a água ficar com uma cor escura. “Claro que esse não é o padrão, mas é importante que todos saibam que a água não está contaminada, apenas fica com essa aparência horrorosa”, enfatiza, explicando que o ferro e o manganês, utilizados no tratamento, são o que dão o tom escuro para a água.

Sobre a água escura registrada no bairro Senai e proximidades nessa terça, Ângelo explica que é oriunda de uma manutenção ocorrida na tubulação que fica no local. Segundo ele, até a próxima sexta-feira, 11, os problemas que envolvem a cor da água serão reduzidos. Ele também solicita que a população acione a Corsan pelo telefone 0800 646 6444 ou pelo aplicativo da Companhia caso o problema persista.

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