Água foi contaminada através de vazamento

Corsan Aegea promete diálogo, mas não garante compensar perdas

Assim ficaram as roupas de Sabrina Marlisa dos Santos da Silva, no Santo Antônio

Um rompimento na adutora que parte da ETA 2 (ERS-124) teria causado o problema de água suja em Montenegro, nessa sexta-feira, 03. Em entrevista ao Estúdio Ibiá (disponível no Facebook e no Youtube).

O superintendente regional da Corsan Aegea, Lutero Cassol, explicou que um vazamento na tubulação de alta pressão foi detectado na madrugada e sanado até a manhã. Ele garante que todos os procedimentos de praxe foram realizados para manutenção; sendo que durante o vazamento teria ocorrido o efeito de aspiração de material do solo para a rede. “São dois eventos. A aspiração do solo, de material e de terra, e posterior a alta pressão que vai fazendo turbilhonamento e enxágua a tubulação. Isso faz essa turbidez”, explicou.

Intensidade da coloração surpreendeu

O superintendente garante que, instantaneamente após queixas de usuários, a equipe foi mobilizada em operação de expurgo em hidrantes nas partes baixas da cidade e o esvaziamento do reservatório de 1 milhão de litros do Centro, que abastece grande parte da cidade. Esse processo de limpeza exigiu o corte no abastecimento, em processo que se estendeu até a noite de sexta-feira. “Dependemos da limpeza total. Não vamos retornar com a água que ainda esteja turva”, declarou na entrevista do meio-dia.

Moradores perderam roupas após lavagem

O problema foi constatado entre 7 e 8 horas da manhã, em endereços diversos, do bairro Santo Antônio ao Cinco de Maio, do Senai ao Ferroviário. Alguns cidadãos não perceberam, e colocaram roupas para lavar, que saíram marrons da máquina, como o caso do morador do Centenário, Moacir Girardello. Ele coletou amostra em garrafa pet e levou ao escritório da Corsan Aegea. Sem solução, trouxe-a ao Ibiá. “Não foi problema de vazamento. Porque se fosse teria diminuído a pressão nas torneiras. Não diminuiu! Continua abastecendo e desta maneira”, avaliou o aposentado, que trabalhou 33 anos na Corsan (entrevista completa no Youtube do Ibiá).

Cassol garantiu que o eventual consumo desta água não deve ocasionar problemas de saúde. Também informou que um possível ressarcimento por prejuízos com equipamentos ou vestuários podem ser discutidos no escritório (rua Olavo Bilac – Centro). “Vamos dar toda a atenção. É uma situação de nossa responsabilidade”, declarou.

Foi possível perceber que havia acúmulo de sedimento na água que chegava à casa dos montenegrinos

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