Adultos e crianças com diarreia devem permanecer em casa

O município de Montenegro, assim como vários outros em todo o Estado, vem enfrentando surtos de doença diarreica infectocontagiosa. As principais vítimas são as crianças, mas também há adultos de todas as idades com sintomas. Nas últimas três semanas, a quantidade de notificações na Vigilância em Saúde cresceu de 15 para 60 e, após, para 121. Apesar de o número ser elevado, não há motivos para pânico já que doença não chegou a causar aumento nas internações hospitalares, mas mesmo assim, cuidados são essenciais.

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, o surto está relacionado principalmente a dois tipos de vírus: o Norovirus e os Enterovírus (síndrome mão-pé-boca). Para frear a transmissão, foi criado um protocolo a ser observado pelos serviços de atendimento médico. “Além da medicação tradicional para os sintomas, acrescida de repouso e hidratação, a ordem é permanecer em casa. Especialmente as crianças, que não devem frequentar as escolas e as creches enquanto estiverem doentes”, ressalta a secretária Cristina Reinheimer.

A síndrome mão-pé-boca é uma doença contagiosa causada por Enterovírus, que acomete principalmente crianças com menos de cinco anos de idade, embora possa afetar adultos. Caracteriza-se por lesões em cavidade oral e lesões nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. Podem também surgir manchas pelo corpo. São comuns, ainda, sintomas gastrointestinais e de vias aéreas superiores, assim como febre, porém nem sempre presente. Já o Norovirus pode ser transmitido por meio da ingestão de água, por alimentos, de indivíduo para indivíduo e por contato com materiais e superfícies contaminadas. Caracteriza-se por diarreia aguda, sem conteúdos patológicos, e pode estar associada à febre e vômitos.

De acordo com o protocolo, crianças que manifestarem sintomas compatíveis com síndrome mão-pé-boca, mesmo que não haja certeza do diagnóstico, devem ser afastadas da escola pelo período de sete dias ou mais, a contar do surgimento das lesões, com retorno ao serviço de saúde se não houver melhora do quadro. Casos de diarreia com possível causa infecciosa, em qualquer faixa etária, devem seguir a orientação de afastamento de suas atividades por, pelo menos, 48 horas e nova consulta, se for o caso.

A Secretaria da Saúde lembra que o controle de surtos de diarreia aguda depende de um conjunto de medidas que envolvem todos os níveis de atendimento e também da participação e engajamento da sociedade civil. “Caso todos façam a sua parte, notaremos uma importante redução do número de casos em algumas semanas. Contamos com a compreensão e a colaboração de todos”, pede Cristina. (IF)

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