Salas renomeadas e mais um ex-presidente na galeria da instituição
A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Montenegro e Região (ACI) realizou uma cerimônia para homenagear voluntários que contribuíram para a construção de sua trajetória. O evento ocorreu na noite dessa terça-feira, 19, com a presença de familiares e convidados dos homenageados, marcando o descerramento de placas em homenagem a Roberto Atayde Cardona, Tadeu Fernandes, Egon Pölking, além do reconhecimento a Agenor Rigon.
O evento teve início na sala de reuniões da entidade, onde discursos ressaltaram o legado dos homenageados. Em seguida, os convidados foram conduzidos pelo presidente da ACI, João Batista Dias, o Tita, até as salas que receberam os nomes dos celebrados. “É uma homenagem muito simples, mas é gratificante ver a satisfação das pessoas. Conheci todos eles e tive diferentes relações com cada um. Reconhecer que fizeram parte da entidade e eternizar seus nomes na ACI é uma grande satisfação e um legado para a associação”, declarou Tita.
A noite também foi marcada pela inclusão da foto de Agenor Rigon na galeria de ex-presidentes da ACI. “O Agenor não fez parte apenas da história da ACI, mas também da história da cidade, com sua participação em diversas iniciativas no município. Poder homenageá-lo em vida é algo significativo”, finalizou João Batista.
“A ACI fez parte da nossa vida”
Durante a cerimônia de homenagem ao seu falecido marido, Roberto Atayde Cardona, Therezinha Petry Cardona destacou o forte envolvimento de sua família com a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Montenegro e Região. Ao lado de familiares, Therezinha compartilhou memórias que reforçam a relação de décadas com a entidade.
“A Associação Comercial fez parte da nossa vida. O Cardona iniciou na associação quando éramos noivos. Casamos e foram mais de 30 anos sempre vinculados à Associação Comercial”, recordou.
Ela também mencionou o envolvimento dos filhos com a ACI. “A minha filha Raquel trabalhou na Associação Comercial, o Marcelo foi presidente da ACI. Então, o nosso vínculo familiar é muito grande”, afirmou Therezinha, demonstrando a conexão da família com a entidade.
Ao relembrar a trajetória de Roberto, Therezinha destacou sua vinda para Montenegro e o carinho que desenvolveu pela cidade. “O Cardona era de Pelotas. Ele veio para Montenegro com 14 anos. Aos 21 anos, terminou o segundo grau e começou a trabalhar aqui. Com 16, eu tinha 13, começamos a namorar, e logo ele se envolveu na Associação. Esse período todo foi sempre ligado à Associação Comercial”, relembrou.
Momento gratificante
Eduardo Pölking, filho de Egon Pölking, ressaltou a importância do trabalho de seu pai em prol do desenvolvimento da cidade e a satisfação pela justa homenagem. “Para nós, da família, do Egon, é um momento muito gratificante, muito importante, porque nos remete de volta a um núcleo que trabalhou muito em prol da cidade”, afirmou Eduardo.
Ele destacou o envolvimento do pai no associativismo como uma forma de promover o crescimento coletivo. “Além de eles serem empresários e terem empresas que contribuíam com o desenvolvimento da cidade, meu pai tinha também um envolvimento muito grande no associativismo. E juntando forças, sempre se consegue ir mais longe”.
Eduardo também destacou o papel histórico da ACI no município. “A Associação Comercial é uma entidade muito importante para a cidade, que merece, que tem um lugar de destaque e que contribui muito para o desenvolvimento do município. Assim foi no passado. Olhando o passado, nós conseguimos projetar melhor o futuro”.
O filho de Egon relembrou ainda as origens familiares ligadas à imigração alemã, marcando o contexto do ano em que se celebram 200 anos desse marco histórico. “Meu pai, filho de imigrantes alemães, seguiu a rota comercial do meu avô, que atuava como caixeiro-viajante em toda a região de Montenegro, nos anos de grande desenvolvimento comercial”.
Sobre o legado deixado, Eduardo destacou a capacidade pragmática de Egon. “Ele era uma pessoa que olhava o objetivo e procurava colocar em prática. Em curto prazo, ele conseguia desenvolver ações para alavancar objetivos. No comércio, ele contribuiu bastante com a cidade e deixa esse legado para nós, que agora fica eternizado com essa homenagem na Associação Comercial”.
Legado inspira nova geração de líderes
André Fernandes destacou o significado do reconhecimento ao seu pai, Tadeu Fernandes. Segundo ele, a homenagem vai além de um resgate histórico e reflete o legado deixado pelos líderes que ajudaram a construir a entidade e a cidade.
“Isso não é um resgate; creio que essa homenagem sintetiza o que uma casa como a Associação Comercial representa. É uma universidade e berço de líderes, formada por pessoas com um extremo espírito público. É isso que constrói uma cidade: os legados e a inspiração”, afirmou André.
Ele ressaltou a importância do trabalho voluntário desempenhado pelos homenageados e o impacto que isso tem sobre suas famílias. “Muitas vezes, as famílias convivem com a ausência de seus entes queridos em função do compromisso com a entidade. Esse é um trabalho de doação, que gera frutos porque transmite aos sucessores o propósito de continuidade e entrega de bastão.”
André também destacou o papel da ACI como um espaço de aprendizado e realização, afirmando que os líderes que passaram pela entidade deixaram um exemplo para as próximas gerações. “É um momento importante para as famílias, porque reforça a contribuição desses líderes para o desenvolvimento de Montenegro.”
Agenor Rigon relembra conquistas
Durante as homenagens promovidas pela ACI, Agenor Rigon compartilhou suas reflexões sobre o reconhecimento recebido por sua dedicação à entidade. Ele descreveu o momento como marcante, destacando a importância de relembrar sua trajetória na instituição e a convivência com os demais homenageados.
“Além de lembrar os meus companheiros aqui da Associação, eu lembro também da minha atuação e de quanto a gente tem esse pensamento de auxiliar a comunidade”, afirmou.
Rigon destacou a importância de buscar avanços para o município. “Sempre que puder, quero ser participe das coisas de Montenegro, das coisas que tendem a avançar, nunca vendo só a parte ruim, mas participando para que as coisas melhorem”, disse.
Ao recordar sua gestão, Agenor apontou como conquistas marcantes a ampliação da diretoria, com a inclusão de mais pessoas para enriquecer a entidade com novas ideias, e o início das obras da estrada do polo, resultado de muitas reivindicações durante sua gestão. Além disso, ele ressaltou a criação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social de Montenegro, derivado do seminário de estudos socioeconômicos que propôs à época.
Sobre a homenagem, ele destacou a emoção de ver sua foto na galeria dos ex-presidentes da ACI. “Eu me sinto extremamente feliz. Pensava que fosse uma persona non grata, mas houve um lapso, e hoje me homenagearam”, concluiu, expressando sua gratidão pelo reconhecimento.