ACI convoca líderes comunitários e empresários para reconstruir o Vale

Campanha pede união de esforços: Sistema de Monitoramento do Rio Caí e bueiros inteligentes

A Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Montenegro e Região (ACI) convoca empresários e líderes comunitários para unir esforços na recuperação do Vale do Caí. Os interessados podem ajudar através de doação em dinheiro.

Como parte da campanha de reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes de maio, a ACI Montenegro e Região apresentou projetos para a recuperação da cidade e da região, que foram aprovados pelo Programa Reconstrói RS. O programa dispõe de aproximadamente R$ 85 milhões para obras de infraestrutura. A ação, idealizada pelo empresário William Ling e coordenada pelo Instituto Ling, conta com a parceria da Federasul e do Instituto Cultural Floresta.

Os projetos para a região contemplam um Sistema de Monitoramento do Rio Caí, com um investimento previsto de R$ 1 milhão, e Bueiros Inteligentes em Áreas Alagáveis, com custo estimado em R$ 680 mil. Esses projetos visam proteger as comunidades contra futuros desastres naturais.

Conforme Fabrício Coitinho, vice-presidente de Indústria, Comércio e Serviços da ACI, para tornar viáveis as implementações, a entidade precisa arrecadar 20% do valor total: R$ 200 mil para o monitoramento e R$ 136 mil para os bueiros, por isso lança a campanha chamando empresários a colaborar.

Iniciativa para reduzir alagamentos

O vice-presidente de Indústria, Comércio e Serviços da ACI, Fabrício Coitinho, dá detalhes sobre o Sistema de Monitoramento do Rio Caí e a implementação de bueiros inteligentes. Segundo ele, o sistema de monitoramento será composto por réguas analógicas e câmeras que irão capturar imagens do rio, enviando-as para um sistema acessível não apenas à Defesa Civil, mas aos moradores da região. Além disso, sensores digitais fornecerão dados em tempo real para uma central de monitoramento. Um drone será utilizado para sobrevoar o rio, permitindo uma avaliação precisa dos níveis das águas.

O objetivo principal do sistema é aumentar a previsibilidade em relação ao comportamento das enchentes, facilitando a organização dos órgãos públicos e dos cidadãos em situações de emergência. Com isso, espera-se que as pessoas consigam se preparar melhor, retirando itens de suas casas antes que as inundações ocorram.

O sistema também incluirá alarmes e avisos por meio de mensagens em celulares e redes sociais, informando a população sobre o aumento dos níveis da água e ajudando na preparação para possíveis alagamentos. A gestão do sistema ficará sob responsabilidade da Defesa Civil, que atuará em conjunto com os bombeiros e outros órgãos competentes.

Em relação aos bueiros inteligentes, a proposta inicial é a instalação de gradis nas bocas de lobo das áreas mais propensas a alagamentos. Esses gradis permitirão que a água entre enquanto retêm sujeira e detritos. A limpeza desses bueiros deve ficar a cargo de equipes da secretaria de Viação e Serviços Urbanos, que deverá realizar manutenções periódicas.

A primeira fase do projeto prevê a cobertura de 300 bocas de lobo com esses sistemas inteligentes, priorizando os bairros que sofreram com alagamentos nos últimos anos. A expectativa é que essa iniciativa melhore o fluxo da água e reduza os problemas relacionados às enchentes na região. Coitinho enfatiza que esta é uma responsabilidade pública, mas a ACI se sente motivada a contribuir com a comunidade por meio deste projeto.