Subida do Morro desafiou a resistência dos atletas

Puxado. Corredores fizeram um trajeto de 5.5K com subida e descida do São João

A corrida Desafio do Morro São João fez justiça ao nome, mostrando-se um teste de resistência e planejamento aos 170 atletas inscritos. O percurso de 5,5 quilômetros teve saída da Praça dos Ferroviários, com subida ao cume do cartão postal e área de preservação ambiental de Montenegro, descida e retorno à praça pela rua Santos Dumont. Os vencedores na geral foram Paola Horst Alves, no feminino; e Jorge Antônio Madri Ávila, o “Capela”, no masculino.

Antes da largada, o professor Edson Santos de Campos, coordenador do grupo de corridas da academia Pró Vida (Pró Vida Running), já avisava que era preciso inteligência para vencer o desafio. “Tu não pode subir ligeiro na saída” alertou. Por sua experiência, os afoitos que dessem tudo na largada, já na quarta esquina da Santos Dumont, ainda no sopé, estariam exaustos. Outro alerta aos inexperientes foi que descer não é mais fácil, pois exige esforço das articulações, podendo gerar lesão.

Quem sabia muito bem destas características da corrida em morro era o vencedor da edição de 2019 (Trail Desafio do Morro), Diovani de Sá Kuhn, 27 anos. Todavia, naquele, o trajeto era pela trilha no meio do mato, quando havia pontos onde era preciso se agarrar em raízes e galhos para subir. “A diferença é que tem que manter um ritmo. É mais resistência do que velocidade”, comparou com uma corrida em terreno plano. O corredor concorda que descer é ainda mais complexo do que subir um morro. E mesmo estando com mais experiência e do trajeto deste Desafio ter menos obstáculos, desta vez, Diovani chegou em quarto.

“Capela” (6140) aponta que uma prova assim não permite ao atleta impor ritmo

Vencedores em Montenegro têm currículo
O primeiro colocado soube usar uma estratégia para o desafio em aclive. Capela sempre esteve no primeiro grupo, e até metade da descida, era segundo. Mas nas últimas curvas do morro, ele deu um “sprint” e deixou Luan Dupont em segundo e o experiente Virgilino Proença em terceiro. “Desde os meus 10 anos, eu corro”, lembrou o atleta de 53 anos, vencedor da Maratona do Uruguai, em Punta del Este, em 2008, e do Mundial de Master, em Porto Alegre, em 2015.

E a glória deste domingo, o veterano dividiu com uma iniciante. Paola tem 17 anos e há 8 corre em competições. Neste ano, ela já havia sido primeira colocada na Corrida da Sogipa, etapa do estadual, e que antecipou a Maratona de Porto Alegre em junho.

Vencedores e seus tempos
MASCULINO
Jorge Antônio “Capela” – 22min35seg
Luan Dupont – 22’54’’
Virgilino Luis Proença – 23’12’’
Diovani de Sá Kuhn – 23’18’’
Cléber Micael Rodrigues da Silva – 23’21’’

FEMININO
Paola Horst Alves – 25’47’’
Denise Graziela de Vargas – 27’28’’
Débora Cristina de Vargas – 28’08’’
Saionara Caracio Fiore – 30’53’’
Lousana da Silva – 31’24’’

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