Montenegrino Fábio Berg deixou a competição nas oitavas de final
Durante a tarde de sábado, 8, Montenegro sediou a seletiva brasileira para a Copa do Mundo de Pingue-Pongue. As disputas iniciaram às 14h e seguiram até a noite. No ginásio esportivo da comunidade de Santos Reis, atletas renomados do Estado lutaram pela vaga no Mundial, que será realizado no México, em janeiro de 2024. Dentre os atletas, esteve Fábio Berg, 38, montenegrino que defende a equipe Café Família Kettermann. O atleta acabou perdendo nas oitavas de final para Lutieri Lima, de Três Coroas, o grande campeão.

Em entrevista à Rádio Ibiá Web, na segunda-feira, 10, Berg conta que a paixão pelo pingue-pongue vem desde o seu ensino fundamental, há mais de 30 anos. Ele afirma que ainda há esperança por uma vaga na Copa do Mundo. “Sempre tem aqueles que não têm condições, ou não conseguem patrocínio, então quem sabe sobra uma vaguinha”, diz.
Fábio analisa seu desenvolvimento nas partidas de sábado e revê que se saiu muito bem nos primeiros jogos, mas nas oitavas, pegou, por sorteio, o grande campeão do Estado, Lutieri Lima. “Infelizmente não consegui ter um bom desempenho, ele controla bem o jogo, então eu não consegui atacar e contra-atacar ele”, afirma.

Sonho do Mundial move atletas de todas as idades
Valério Camargo Ramires, 62, veio de Porto Alegre para a seletiva e conquistou o 7º lugar, entrando no top 10. Ele é apaixonado pelo esporte desde os 14 anos de idade, quando já participava de campeonatos. “Eu já atravessei cinco gerações no pingue-pongue sendo um dos principais e eu consigo ainda hoje jogar em alto nível com os jogadores da geração atual. É muito gratificante ter a idade que eu tenho e enfrentar jogadores atuais. O gosto pelo esporte surgiu dentro de um clube de futebol de base na Capital. Lá, tinha uma mesa de pingue-pongue onde o pessoal com mais idade jogava por diversão. Desde menininho, com oito anos, eu já gostava muito de pingue-pongue. Então com uns 14 eu comecei a jogar com esse pessoal e falava que um dia jogaria igual eles. Com 14, 15 anos eu já jogava contra os de 20, 30 anos”, salienta.
Ele disputou títulos por diversos clubes desde muito cedo. Dentre suas conquistas, destaca que campeão individual já foi oito vezes da categoria especial, conforme ele, a mais alta. Para ele, a importância do Mundial é inexplicável. “O pingue-pongue sempre foi muito destacado no nosso Estado e vai dar um salto muito grande, porque não conseguíamos levar o esporte muito para fora daqui, quem dirá para fora do País. Queríamos levar o pingue-pongue, que é na madeira, para fora. O máximo que nós fomos foi até São Paulo jogar”, explica.

ginásio de Santos Reis
Gustavo Guimarães Cheffer, 12, veio de Gravataí para a seletiva. Influenciado pelo avô, joga pingue-pongue desde os sete anos de idade. Inclusive, na classificatória, Gustavo não foi o único a representar a família. O próprio avô e o pai do menino também batalharam por uma vaga no Mundial. “Meu vô sempre foi uma inspiração para mim e desde os meus sete anos eu comecei a jogar e treinar com ele”, afirma. Gustavo já participou de campeonatos e conquistou o segundo lugar algumas vezes. A expectativa pelo Mundial era grande. “É muito bom saber que tu está entre os melhores jogadores, isso é muito legal”, acrescenta.
Diego Suthoff, 42, também natural de Gravataí, joga pingue-pongue há pelo menos 20 anos. Segundo ele, após conhecer o meio, foi impossível não se envolver cada vez mais. “Comecei praticando, depois conheci pessoas que jogavam e me apaixonei. Já ganhei muito estadual participando em trio ao lado de jogadores bons, então fui pegando experiência junto com eles que eram elite e até hoje são. Até hoje estou aprendendo com os mestres do pingue-pongue”, enfatiza. A expectativa para o mundial era a melhor. “Busco estar entre os tops do Estado e fazer força para conseguir chegar ao final do torneio entre eles”, finaliza.
Já César Fonseca, 49, veio de Brasília para a disputa. Participando do esporte há quatro anos, ele explica que sempre gostou do pingue-pongue, jogava quando mais novo, mas perdeu o contato com o esporte. Quando um amigo lhe convidou para retornar, César não pensou duas vezes. Ele diz que tem um grande carinho por Montenegro. “Eu gosto muito da cidade principalmente porque sempre apoiou muito o pingue-pongue. Os melhores ginásios para jogar tanto em tamanho como em iluminação estão aqui em Montenegro”, destaca.
Confira o top 10 da seletiva
Campeão
Lutieri Lima da Silva – Três Coroas
Equipe: Omega
Vice-campeão
Gabriel Debom – Porto Alegre
Equipe: Nova Promotora
3° lugar
Vitor Madeira da Fonsec – Torres
Equipe: Info Press Camisetas
4° lugar
Tiago da Silva – Portão
Equipe: Los Guris
5° lugar
Jose Adriano dos Santos
Capela de Santana
Equipe: Nofemenos
6° lugar
Sandro Centenaro Ferreira – Estância Velha
Equipe: Omega
7° lugar
Valério Camargo Ramires – Porto Alegre
Equipe: Sacwim
8° lugar
Fabiano Murussi da Silva – Sapucaia do Sul
Equipe: Aspim
9° lugar
Humberto Zucatti – Cachoeirinha
Equipe: Omega
10° lugar
Murylo Amaral Lange – Três Coroas
Equipe: Los Guris