Olé tem ano de dificuldades dentro e fora das quatro linhas

Retrospectiva. Escola de futebol deixou Encosta da Serra nesta temporada

Sem apoio financeiro do poder público e com pouco interesse dos jovens, o Olé teve um ano cheio de adversidades. Apenas duas categorias participaram da Liga Encosta da Serra, já que a sub-12 deixou o torneio logo após o seu início. Nos primeiros dias do ano, a escola de futebol encerrou as atividades com a categoria juvenil, por desinteresse da maioria dos atletas. Em contrapartida, duas crias do Olé tiveram um grande 2017, destacando-se por equipes do Estado.

Nos primeiros dias do ano, a categoria 2002 do Olé disputou pela segunda vez a Copa Cidade das Flores, em Santa Clara do Sul. Com uma vitória em três partidas, os montenegrinos foram eliminados na primeira fase do torneio e voltaram ao Vale do Caí para iniciar a preparação para a Liga Encosta da Serra.

A ideia inicial do coordenador Gustavo Hoffmeister e do técnico Alex Gonçalves, o Leleco, era ingressar na Encosta com três categorias e brigar pelas primeiras colocações. No entanto, a falta de incentivo da Administração Municipal pesou e, poucas rodadas após o início do certame, a sub-12 precisou ser retirada da competição. “Foi uma temporada muito difícil, em termos de competição e financeiramente. Retiramos a 2005 da Encosta por esse fator”, afirma Gustavo Hoffmeister.

Mantidas no campeonato, as categorias sub-14 e sub-15 tiveram altos e baixos durante o torneio, principalmente a gurizada nascida em 2002, que avançou às quartas de final fazendo boa campanha dentro de casa. A sub-14 acabou eliminada na fase classificatória. A sub-15 encarou o Detroit, em jogo único em Estância Velha, nas quartas, e acabou derrotada por 5 a 1, encerrando sua participação na Liga Encosta da Serra.

Mesmo sem chegar nas decisões, o diretor Gustavo Hoffmeister ficou satisfeito com o resultado final da equipe montenegrina. “Com os recursos que tínhamos, fizemos tudo o que era possível e até mais neste ano. Batalhamos bastante, não deixamos de tentar. Tirei dinheiro do bolso durante o ano. Tínhamos condições de chegar às semifinais, mas fizemos mais do que deu. Conseguimos um prêmio que valorizo muito na escolinha, que foi o time mais disciplinado do campeonato”, acrescenta.

Se coletivamente o Olé não deslanchou na temporada, dois meninos brilharam por outros times. Desde o início do ano no Pinheiros, de Taquari, o atacante Gabriel Machado, de 15 anos, foi o destaque da equipe no Campeonato Gaúcho. Já o goleiro Luis Fernando, da sub-14, atuou no Olé em boa parte da temporada e depois foi para o São José, de Porto Alegre, onde atuou com frequência e foi campeão do Gauchão em sua categoria.

Mudança de foco para 2018: Olé não jogará a Encosta

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Sub-12 foi uma das apostas do Olé na Encosta, mas não deu certo

“Sempre colocamos a evolução coletiva e individual à frente do resultado, e isso aconteceu neste ano”, resume Gustavo Hoffmeister. Apesar disso, o Olé não vai participar de competições oficiais na próxima temporada.

Devido ao baixo interesse dos atletas e às dificuldades financeiras, o ano de 2018 deve marcar o começo de uma nova etapa para a escola de futebol da cidade. “A princípio, não participaremos de nenhum campeonato no ano que vem. Inicia um novo ciclo. Em 2019, não sabemos como vai ser. Mas em 2018, vai ser apenas escolinha”, confirma o diretor da instituição.

Com outro foco, os treinos da próxima temporada iniciam no dia 8 de janeiro. Cerca de 110 alunos são aguardados na reapresentação. Uma das novidades positivas do Olé nesta temporada, a escolinha localizada no bairro Santo Antônio será mantida no próximo ano.

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