Dona Ilsa é a prova que não tem idade para começar a correr

Motivação. Aos 70 anos, ela fez sua primeira corrida neste mês e foi campeã

O dia 3 de setembro de 2017 vai ficar marcado para sempre na vida de Ilsa Griebeler da Motta e toda a sua família. Na manhã do primeiro domingo deste mês, a costureira de 70 anos participou pela primeira vez de uma corrida de rua, na 7ª Corrida e Caminhada da Unimed Vale do Caí. Com incentivo dos familiares e da personal trainer Cléo Winck, Ilsa tomou coragem, preparou-se por cerca de quatro meses para a prova, correu o percurso de 3km e foi campeã em sua categoria.

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Também corredor, Alcione Otinando da Motta está orgulhoso da mãe Ilsa

O título na primeira prova oficial, sem dúvidas, é uma motivação a mais para dona Ilsa continuar correndo. Além disso, o apoio da personal e dos filhos Alcione Otinando da Motta e Ailton Leandro da Motta, sentir-se melhor para realizar as tarefas do dia a dia e a alegria no rosto dos familiares fazem com que a Corrida e Caminhada da Unimed deste ano seja a primeira de muitas provas na vida da costureira.
Como não tinha possibilidade de praticar esportes quando mais nova, Ilsa começou a fazer atividades apenas na terceira idade. Atualmente, ela faz musculação e circuito em uma academia do centro de Montenegro duas vezes por semana e joga canastra semanalmente também. Há alguns anos, a campeã da 7ª Corrida da Unimed fez natação. “Faço academia há cerca de 15 anos, mas comecei aqui neste ano. Treinei por três, quatro meses para a corrida”, ressalta.

Em sua estreia, Ilsa concluiu o trajeto de 3km em 20 minutos. A atleta comenta seu desempenho. “A prova foi tranquila, eu estava bem preparada. Em nenhum momento deu vontade de desistir. Havia quatro pessoas me esperando na chegada, meu objetivo era concluir. Cheguei a caminhar em alguns momentos, por indicação da Cléo (personal). Independente dos concorrentes, queria competir comigo mesma, testei minha resistência. Com essa medalha, estou me sentindo uma estrela”, enaltece.

Ainda sem saber qual será sua próxima prova, Ilsa afirma que se sai melhor na corrida do que na canastra, e destaca a importância de realizar exercícios físicos. “A personal e meus filhos falaram para eu não parar. Me senti bem e não vou parar. A corrida faz a gente se sentir melhor em tudo, para acordar, para caminhar, parar dançar. Saí de lá (da prova) e fui num baile à tarde”, frisa.

Antes da prova, a corredora estreante treinou por três vezes pelas ruas de Montenegro ao lado de sua personal trainer, outra pessoa fundamental para o sucesso de Ilsa na corrida. “Senti essa força de vontade dela, então apenas a estimulei. Começamos a treinar corridas, trotes, há uns quatro meses. Como os filhos correm também, conversei com ela para fazermos uma surpresa”, conta Cléo Winck.

Filho de Ilsa, Alcione Otinando da Motta também participa de corridas de rua, mas esse ano ainda não competiu. Apesar disso, ele diz ter feito a escolha certa quando parou de fumar para se dedicar às corridas, há cinco anos. “Foi uma troca muito boa. A corrida é uma meta que tu tem, é algo para te desafiar. Compartilhar isso com a família é muito bom. Para os filhos, é muito prazeroso ver a mãe correndo aos 70 anos. O corpo sente falta, pede para irmos à rua correr, estar juntos dos demais. O acompanhamento que fazem na academia com minha mãe é muito importante também, esse lado afetivo faz diferença”, salienta.

Motivada e de olho na próxima edição da Corrida e Caminhada da Unimed, Ilsa espera que mais atletas da terceira idade participem da prova. “Tomara que no ano que vem tenha mais gente de 70 anos participando da prova. É uma satisfação enorme cumprir o objetivo. Para a saúde, nem se fala”, completa.

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