Direto da Suíça: como chega o nosso primeiro rival

Copa. Suíça Melanie está animada com o Mundial. Montenegrina Rosane Braun mora no país europeu há 34 anos

Falta pouco para o início da Copa do Mundo da Rússia. Nesta quinta-feira, a bola rola para o maior torneio de futebol do planeta. A Seleção Brasileira desembarcou no país do Mundial na noite de domingo. Após vencer a Áustria por 3 a 0 no último amistoso antes da estreia, o Brasil agora se prepara para o primeiro desafio na Copa, diante da Suíça, no próximo domingo, às 15h.

A escalação brasileira já está praticamente definida para o primeiro compromisso na Rússia e os principais nomes da nossa seleção já estão na ponta da língua dos torcedores. Mas o primeiro rival do Brasil no Mundial, como chega para a disputa? Quem são os destaques da Suíça? Qual a expectativa dos suíços para a Copa do Mundo?

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Melanie acredita em jogo difícil para sua seleção no domingo. Foto: arquivo pessoal

O Ibiá entrou em contato com uma suíça, com uma montenegrina que mora no país e também com uma estudante de Arquitetura que passou por lá, para saber um pouco mais sobre a Suíça e a equipe que vai enfrentar o Brasil no próximo domingo. Natural de Zurique, Melanie Hindermann, 25 anos, demonstra empolgação com a participação do seu país no Mundial. “As pessoas aqui estão realmente animadas com a Copa do Mundo. É um grande evento e, para um país tão pequeno quanto o nosso, é uma honra fazer parte dele com uma equipe”, destaca.

A mobilização dos torcedores suíços é maior nos dias de jogos da seleção. “Usamos a camisa da nossa equipe nacional ou qualquer outra camisa com a bandeira suíça nos dias de jogos. Algumas pessoas decoram suas casas com bandeiras, mas também pode utilizar outras bandeiras nacionais por aqui, já que somos um país internacional. Preferimos assistir aos jogos em grupo, seja na casa de alguém com um churrasco, por exemplo, ou em um espaço público”, conta Melanie.

Em relação à seleção suíça, a torcedora prefere exaltar o coletivo da equipe e acredita que o país pode chegar até as quartas de final da Copa. “Não acho que haja alguém específico que possa fazer a diferença para nós. Prefiro pensar que toda a equipe pode jogar seu melhor futebol. Em minha opinião, as quartas de final podem ser possíveis. O que vem depois disso é um sonho de todo o nosso país, que pode ou não se tornar realidade”, enfatiza.

De olho no duelo com o Brasil, Melanie prevê um jogo complicado, mas confia na força da Suíça. “O jogo de domingo vai ser muito difícil para nós. Ainda assim, acho que se a vontade da nossa equipe for forte o suficiente e os jogadores estiverem fisicamente no topo, tudo pode ser possível. A Copa do Mundo é um grande negócio aqui (pelo menos para a maioria das pessoas), mesmo sabendo que provavelmente não ganharemos o título”, completa.

Montenegrina que mora na Suíça aposta em vitória tranquila do Brasil na estreia

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Montenegrina Rosane Braun vive na Suíça há mais de três décadas. Foto: arquivo pessoal

Nascida em Montenegro, Rosane Braun já pode ser considerada uma cidadã suíça. Ela mora há 34 anos no país europeu e destaca o respeito do povo suíço pelo Brasil. “Os suíços têm, como em quase todos os países do mundo, um respeito muito grande em relação à Seleção Brasileira. Claro que a derrota feia do Brasil na semifinal da última Copa, contra a Alemanha, deixa todos esperançosos. Aqui se faz bastante publicidade em relação ao jogo de domingo. O time suíço tem alguns jogadores fortes”, afirma.

Com a proximidade do início da Copa do Mundo, a busca por televisões cresceu consideravelmente na Suíça, observa Rosane. “As lojas de eletrodomésticos estão vendendo muitas TVs ultimamente. Os ‘public viewings’ (espaços públicos) são populares por aqui. Mas muitos se reúnem para assistir aos jogos em casa. Como aqui se trabalha muito, vamos nos encontrar nos espaços públicos”, frisa.

Assistente de direção em uma multinacional, Rosane está participando de um bolão com seus colegas de trabalho e já tem seu palpite para a estreia brasileira. “Na empresa em que trabalho, já estão organizando um joguinho de apostas, com 10 francos suíços (equivalente a R$ 37,00 na cotação) por pessoa. Quem somar mais pontos, ganha a bolada maior. Na estreia, acho que vai ser 3 ou 4 a 1 para o Brasil”, arrisca.

A montenegrina Camila Maurer visitou a Suíça em novembro de 2017. Ela recorda que, na época, não havia grande movimentação em relação ao Mundial da Rússia. “Existem apaixonados por futebol em todos os cantos na Suíça, mas não tanto como no Brasil. Como estudante e amante de Arquitetura, prestei mais atenção na parte arquitetônica dos lugares que conheci. O país tem paisagens de tirar o fôlego de qualquer um. O estado de conservação dos prédios históricos e o valor exagerado das coisas também me chamaram atenção”, pontua.

Mais sobre a Seleção Suíça
Provável escalação para a estreia, no esquema 4-2-3-1: Bürki; Lichtsteiner, Schär, Akanji e Ricardo Rodríguez; Behrami e Xhaka; Shaqiri, Freuler e Embolo; Gavranovic. Técnico: Vladimir Petkovic.

A Suíça nas últimas Copasa010, os suíços venceram a Espanha (futura campeã) por 1 a 0 na primeira partida da fase de grupos. Porém, acabaram eliminados na primeira fase, após tropeçar contra Chile e Honduras.
Em 2014, no Brasil, a Suíça foi eliminada pela Argentina (1 a 0 no finalzinho da prorrogação), nas oitavas de final.

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