Projeto Mulheres que Brilham: Márcia Gallas e o Esporte

Projeto do Jornal Ibiá dá visibilidade a atuação de mulheres em diversas áreas

O projeto Mulheres que Brilham, desenvolvido pelo Jornal Ibiá, inicia a série de entrevistas com as homenageadas desta quinta edição. A primeira entrevistada é Márcia Gallas, destaque na categoria Esporte.

Em conversa com Maria Luiza Szulczewski, a Lica, Márcia compartilhou detalhes de sua trajetória.

Ela nasceu em Montenegro, em 1969. Aos oito anos, despertou o interesse pelo futebol. Ainda na infância, após as aulas, reunia-se com amigos para jogar na pracinha próxima de casa. Na época, a presença feminina no esporte era rara, mas o preconceito não a impediu de seguir jogando.

Durante a adolescência, Márcia participou de diversas modalidades esportivas na escola, como corrida e salto, mas o futebol seguiu como sua maior paixão. Treinava com meninos, o que, segundo ela, contribuiu para o desenvolvimento de sua performance. Aos onze anos, iniciou os treinos no Tanac, após insistir com o técnico Armando Rangel para participar do time.

Com o tempo, Márcia jogou por equipes locais, como o Riachuelo e Fortaleza, e participou de competições em Canoas e Porto Alegre. No período, alternava entre o futebol de campo e o futsal. Aos 17 anos, disputou seu primeiro Campeonato Brasileiro pelo Internacional, representando o Rio Grande do Sul em partidas em Brasília, Campinas e São Paulo.

No Campeonato Brasileiro, Márcia enfrentou as dificuldades de uma estrutura menos desenvolvida no futebol feminino do Rio Grande do Sul em comparação com outras regiões. Ainda assim, seguiu disputando a competição anualmente, intercalando com o Campeonato Estadual de Futsal.

Em 1995 e 1996, Márcia disputou o Campeonato de Seleções, que reuniu atletas de diversos estados. Em testes realizados no Beira Rio, destacou-se entre 400 jogadoras e foi selecionada como centroavante titular. Seguiu jogando até os 30 anos, quando lesões no joelho interromperam sua carreira. Ao longo do tempo, passou por cirurgias e recebeu prótese no joelho.

Atualmente, Márcia atua no Esporte Clube Renner, onde trabalha com o time feminino para disputar a Taça das Favelas. . Ela destaca o papel do esporte em abrir oportunidades e afastar jovens de caminhos perigosos.

Márcia encerrou a entrevista reforçando a importância do esporte não apenas pelas conquistas em campo, mas pelo impacto social e emocional que gera.

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