A Seleção Argentina tem a maior série invicta entre todas que vão disputar a Copa do Catar. Campeã em 1978 e em 1986, a atual vitoriosa da Copa América diante do Brasil, sempre chega gerando expectativas de chegar a uma final e levantar a taça. Eliminada na Copa da Rússia pela França com uma derrota de 4 a 3, o elenco foi praticamente todo modificado. A maior preocupação do treinador Lionel Scaloni é evitar que os jogadores cheguem na Copa acreditando que será tudo mais fácil do que se imagina.
O Grupo C não impõe grandes riscos, mas os argentinos terão pela frente dois selecionados imprevisíveis: México e Polônia. Na Rússia, o México tirou a Alemanha da competição, mas acabou caindo diante do Brasil nas oitavas. E a Polônia conta com Robert Lewandowski, atual melhor jogador do mundo da Fifa. Mas os argentinos confiam que Lionel Messi poderá fazer toda a diferença para evitar que o imponderável cause problemas para seu selecionado.
A Argentina deverá ser a primeira do Grupo e a briga pela segunda vaga ficará entre México e Polônia. Os poloneses estão em melhor fase e poderão encaminhar a vaga já na primeira partida, que será contra os mexicanos.
Apesar das oito vitórias em 14 jogos nas eliminatórias da América do Norte e Central, a Seleção Mexicana não convenceu seus torcedores devido a um desempenho fraco dentro de campo. Já a Polônia, mesmo pegando um caminho fácil para chegar no torneio, se mostrou melhor com destaque para Lewandowski.
Arábita Saudita é o azarão
A Arábia Saudita foi a grande azarada no sorteio ao cair no grupo com Argentina, México e Polônia e se candidata como o azarão. Só o imponderável poderá fazer com que esta sexta participação do selecionado em uma Copa seja coroada com uma vaga. O treinador francês Hervé Renard gostaria de repetir a campanha histórica de 1994, quando o time chegou nas oitavas. Renard fez uma reformulação na equipe decretando o fim da carreira de nomes de peso como Abd Al Malik Al-Khaybri, Taisir Al-Jassim e até mesmo o ex-capitão Osama Hawsawi.
A estratégia deu certo, como ficou claro na boa campanha saudita nas eliminatórias. A equipe não demorou para garantir sua vaga, somando só uma derrota e acabando à frente de Japão e Austrália.
Velhos conhecidos
Argentina e México não é um duelo novo em copas. Em 2006, os argentinos avançaram com um gol de Maxi Rodrigues na prorrogação. Já em 2010, novo confronto, e naquela época não existia o VAR. Tevez abriu o caminho para a vitória de 3 a 1 anotando um gol em impedimento. Os argentinos chegaram nas quartas e caíram por 4 a 0 diante dos alemães.
Messi quer mais um título
O treinador argentino Lionel Scaloni renovou o elenco, construiu um esquema tático e um grupo que acolheu o Lionel Messi como jogador e capitão. Messi chega para sua quinta e última Copa. Ele carregava a marca de nunca ter ganho um título no selecionado e fez parte do time que acabou com um jejum de 28 anos ao levar a Copa América do ano passado no Brasil. A vitória e o título na Finalíssima contra a campeã da Eurocopa, Itália, por 4 a 0 elevou ainda mais a moral dos argentinos.
Rússia punida
A Rússia foi punida e excluída da repescagem em razão da guerra na Ucrânia. A Polônia acabou ganhando o direito de participar e conseguiu sua vaga para o Catar. Com um gol do astro Robert Lewandowski (foto), a seleção polonesa bateu a Suécia no jogo final da repescagem das Eliminatórias Europeias por 2 a 0 e carimbou o passaporte.