Alemanha e Espanha não terão dificuldades

A lógica indica que Alemanha e Espanha, apesar do que aconteceu na Rússia em 2018, vão passar pela fase de grupos da Copa do Catar. Campeã em 2014, a Alemanha foi ladeira abaixo nos anos seguintes sendo eliminada ainda na fase classificatória na Rússia. O pior de tudo, ficou em último lugar no Grupo F depois do vexame diante da Coreia do Sul na derrota por 2 a 0.

A Alemanha foi a primeira a garantir participação no Catar. Pegou um grupo fraco nas eliminatórias e chegou em primeiro com apenas uma derrota. A reconstrução da equipe comandada por Hans Dieter Flick, ex-comandante do Bayern de Munique, que chegou em meados do ano passado, começou por dar espaço para jogadores jovens, como Nico Schlotterbeck, Jamal Musiala ou Karim Adeyemi.

Já a Espanha tem um elenco jovem. Não é cotada como uma favorita e nas duas últimas copas não foi bem. Em 2014 caiu na fase de grupos e em 2018 parou diante da Rússia nas oitavas. O treinador Luis Henrique reativou o sonho do bi dos espanhóis com uma renovação considerada ousada, apostando muito em jovens talentos.
Com duas campeãs mundiais no grupo, não sobrou muito para Costa Rica e Japão. Última classificada para o Catar, a Costa Rica assegurou a vaga ao derrotar a Nova Zelândia na Repescagem Intercontinental, com gol de Joel Campbell. Esta é a terceira participação consecutiva dos costariquenhos em uma Copa. Na Rússia, foram duas derrotas, entre elas uma para o Brasil pelo placar de 2 a 0. O melhor resultado foi um empate em 2 a 2 com a Suíça. O treinador colombiano Luis Fernando Suárez conseguiu uma união do grupo, considerada fundamental para os resultados que levaram o time à Copa.

Japão quer repetir façanha
O Japão chegou pela sete vez a uma Copa do Mundo. A primeira foi em 1998 e desde lá os samurais são presenças constantes. Nas seis primeiras oportunidades, passou para as oitavas de final na metade delas, intercalando boas e más campanhas. Para o Catar, a classificação veio com uma vitória de 2 a 0 sobre a Austrália, com gols de Kaoru Mitoma. Ele saiu do banco aos 39 minutos do segundo tempo e se transformou em herói da partida.

Os japoneses querem repetir a Copa da Rússia, quando avançaram para as oitavas. A segundo vaga do grupo veio nos critérios de desempate com Senegal. Dois cartões amarelos a menos garantiram o confronto contra a Bélgica. Saíram ganhando de 2 a 0, mas tomaram a virada no minuto final.

O vice-campeão da Copa da Ásia de 2019 tem muitos rostos familiares dos alemães. Na equipe do treinador Hajime Moriyasu, há jogadores que atuam na Bundesliga e outros que já atuaram no passado. No total, 12 atletas japoneses jogam nas duas primeiras divisões da Alemanha, e nove já defenderam a seleção principal.
Entre os 12, está o jogador do Frankfurt Makoto Hasebe, que depois da amarga eliminação para a Bélgica na Copa do Mundo 2018 encerrou a sua carreira pela seleção após um total de 114 partidas disputadas. O primeiro confronto é com a forte Alemanha e os japoneses esperam pelo menos não perderem na arrancada.

Costa Rica quer surpreender
A Costa Rica vai para sua sexta Copa e quer repetir o desempenho de 2014, quando fez sua melhor participação, chegando nas quartas de final contra a Holanda. Durante o tempo normal, conseguiu empatar em 0 a 0, mas acabou ficando fora da semifinal ao perder nos pênaltis por 4 a 3. Na Rússia, o selecionado decepcionou e acabou em último no Grupo E com apenas um ponto ganho.

Um duelo muito equilibrado
Alemanha e Espanha já se enfrentaram 25 vezes na história. Em jogos válidos por uma Copa do Mundo, foram quatro duelos. O histórico mostra que a disputa é muito equilibrada. Os alemães já venceram nove vezes e os espanhóis, oito. Este também o número de empates. Em jogos válidos pela Copa, os alemães têm duas vitórias. As outras duas partidas tiveram uma vitória dos espanhóis e um empate.

Um histórico com o Brasil

A Costa Rica chega para sua sexta Copa do Mundo, a terceira consecutiva. E nestas participações, tem um histórico contra o Brasil. Em 1990, o Brasil venceu por 1 a 0. Müller, campeão do mundo quatro anos depois, marcou o único gol do jogo. Na campanha do penta o Brasil em 2002, novo confronto. Os comandados de Felipão fizeram 5 a 2. A campanha histórica veio em 2014, na Copa disputada no Brasil. A Costa Rica caiu no grupo da morte, ao lado de Uruguai, Itália e Inglaterra. E pintou uma das maiores zebras da história das Copas. O selecionado foi até as quartas, caindo diante da Holanda, nos pênaltis. Na Rússia, a Costa Rica estava no caminho do Brasil novamente. O time de Tite sofreu para ganhar, marcando nos acréscimos com Coutinho e Neymar.

Lucas Figueiredo – CBF

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