44ª Expointer: Uma retomada para os negócios

Tradicional feira agropecuária retorna com clima positivo entre os expositores

Depois de uma edição no formato on-line e apenas com drive-thru, devido à pandemia do novo coronavírus, a Expointer voltou a receber a presença do público no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Considerada a maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina, a 44ª edição da Expointer é considerada uma aposta na retomada do setor agropecuário. Com início no último sábado, 4, o evento segue até o próximo domingo, 12.

Respeitando protocolos sanitários e novas orientações, a feira conta com 546 expositores ao todo. Se tratando de público, a promessa é animadora. Somente no primeiro final de semana foram mais de 18 mil visitantes, que puderam conferir negócios do setor primário, assim como animais, máquinas, artesanato e comidas típicas.

No Pavilhão da Agricultura Familiar variedades de alimentos puderam ser conferidos. Pães, cucas, gelérias, sucos, cachaças e biscoitos são algumas das delícias. Artesanato, roupas e mantas também fazem parte do pavilhão. Segundo o governo do Estado, de sábado, 4, até quarta-feira, 8, o faturamento acumulado no Pavilhão da Agricultura chegou a R$ 1,08 milhão.

Participando da feira há 15 anos, a Cachaçaria Harmonie Schnaps, de Harmonia, foi um dos expositores premiados no 9º Concurso de Produtos da Agroindústria Familiar – que ocorreu durante a feira. Primeiro lugar na categoria cachaça Prata e segundo lugar na categoria Envelhecida Extra Premium, a cachaçaria é um dos estandes que chamam a atenção no local.

Para Douglas Hilgert, um dos responsáveis pelo empreendimento, essa é uma nova experiência; um bom retorno. “Dá para se dizer que as vendas estão boas, porque como tu já vinha muito tempo fazendo, tu tem aquele cliente que vem para fazer a recompra do teu produto e a gente também está com dois lançamentos”, conta.

Neste ano a cachaçaria conta com uma cachaça envelhecida por seis anos e outra envelhecida por 16 anos. “Quando a gente iniciou o projeto da cachaçaria em 2004 essa cachaça foi uma das primeiras produzidas, então a gente foi guardando ela, e agora a gente completou 17 anos de empresa e esse produto foi lançado em comemoração. É um produto que carrega toda a história da agroindústria”, explica sobre a produção da cachaça de 16 anos. Além disso, na linha das cachaças há desde a tradicional branca pura, até a linha premiun, extra premiun 16 anos envelhecido e licores.

Aromas e sabores
Representando Montenegro, a agroindústria Doces Vapor Velho levou neste ano uma grande novidade: um suco de laranja integral com toda a sua produção na propriedade da família. Além disso, há as tradicionais geléias de bergamota e casquinhas de laranja. “O suco está sendo bem procurado, tem gente que compra um copo, prova e depois na saída compra o de litro para levar para casa”, diz Vânia Kauer.

Produtos na linha frescal é novidade no estande deste ano da Herbon

Para o filho, Gilberto Rodrigo Kauer, o retorno está sendo bem positivo. “É o nosso terceiro ano na Expointer: 2018, 2019 e 2021; então pessoas lá de 2018 e 2019 que compraram estão retornando e comprando de novo, então gostaram do produto”, fala. A família também promete uma geléia de bergamota sem açúcar para o final de semana.

Nas cucas, a agroindústria marataense Amigos da Nadir está fazendo grande sucesso. Segundo a responsável pelo estande, Luana Metz, segunda foi um dos grandes dias de vendas. “As cucas foi o que mais saiu, em especial a de uva. E o biscoito de polvilho, que é a tentação das crianças”, fala. No retorno após um ano difícil a avaliação está sendo positiva, mas Luana ressalta que a expectativa está enorme para o final de semana.

As cucas também são cargo chefe para a Koloniebackhaus, de Salvador do Sul. Na sua 13ª participação, Beatriz Meurer, relata que as expectativas de venda foram superadas. “Eu vejo que as pessoas sentiram muita falta disso aqui, os clientes vieram com rótulos guardados de dois anos atrás procurando produto, já vieram adquirir mais para garantir”, relata.

Com salames, costela defumada, linguiça com queijo, banha, dentre outros produtos, a Herbon Agroindústria , de São José do Sul, está na sua 11º participação da feira. “O retorno está ótimo, acho que tudo está voltando ao normal”, declara a administradora Aline Gauer. Pela primeira vez com a linha frescal, Aline considera um grande avanço neste momento de pandemia.

Tecnologia e qualidade no campo e na estrada
Com o compromisso de trazer ao Rio Grande do Sul o que há de mais moderno e tecnológico, a Sol Soluções Yanmar está presente na Expointer com uma linha de implementos agrícolas e construção civil para todos os gostos e necessidades. Com a sua filial de Montenegro marcando presença na feira, o coordenador de vendas, Saulo Tietze, relata que este é um ano atípico. “É um recomeço, a gente está aqui com uma aposta da retomada do comércio agrícola”, fala.

Dentre os produtos expostos está toda a linha MEC-RUL , com valetadeira, enxada rotativa, roçadeira e plastificadora. A plastificadora de canteiro, por exemplo, é um equipamento de grande qualidade para o agricultor, podendo fazer com rapidez e qualidade o trabalho juntamente ao trator.

Em parceria com a Baldan, o público também pode contar com linhas de grade, com grade aradora e niveladora. Além disso, é possível conferir também a bomba de irrigação da MEC-RUL – voltada para a cultura de verdura a colhedora de forragem da marca JF, e todo um maquinário de construção civil.

Também presente na Expointer, a John Deere – Verdes Vales está levou ao Parque sua linha de máquinas de construção e pavimentação. O Parque de Exposições Assis Brasil foi o local escolhido pela empresa para o lançamento da nova pá-carregadeira 444G. Para o gerente da filial de Eldorado, Diogo Tosetto, os primeiros dias foram muito positivos, com negócios fechados e atenção do público.

Ovinos aumentam a participação na Expointer
Com olhos atentos, o pequeno Benjamin Fontes, de 7 anos, observava com curiosidade uma ovelha sendo tosada no pavilhão dos ovinos. De São Leopoldo, a família sempre participa da Feira, mas declara que sempre há novidades. “(ovelha) Desse tamanho não tinha visto”, conta Benjamin.

Nesta edição, houve aumento do número de animais entre os ovinos, com um crescimento de 3,58%, e entre os caprinos, com avanço de 4,44%, em relação a 2019. Os ovinos participam desta Feira com 809 animais inscritos de 14 raças diferentes.

Da Cabanha Cara Mora, de Coxilha Velha, em Triunfo, o criador Carlos Toninello, já está na sua 8ª participação, e declara estar sendo um ótimo recomeço. “Na parte das ovelhas foi a maior dos últimos quatro anos, teve um aumento de animais. A expectativa está boa de negócios também”, conta.

Com três ovelhas da raça Hampshire Down, ele explica que neste ano o número foi reduzido devido no início do ano não ter certeza da realização da Feira. “A gente já começa a preparar em janeiro. Os que são selecionados recebem uma alimentação diferente, todo um processo diferente”, completa.

Feira também conta com pequenos animais
Se engana quem pensa que a Expointer tem somente a presença de bovinhos, equinos e outros animais de grande porte. Aves, coelhos e pássaros podem ser conferidos no Pavilhão de Pequenos Animais, um dos mais visitados da Expointer.

Na edição deste ano, participam 407 animais vindos de oito municípios do Rio Grande do Sul: 231 aves de 27 raças, 141 coelhos de 26 raças e 35 pássaros de três raças. Segundo o Serviço de Exposições e Feiras da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), eles representam 14,4% dos animais da feira e geraram, em 2019, negócios de mais de R$ 169 mil.

No pavilhão, diversos animais podem ser levados para casa. Entre os que mais chamam a atenção estão os coelhos, que podem ser adquiridos por uma quantia de a partir de R$ 150,00.

No pavilhão há desde filhotes até coelhos adultos

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