CANDIDATO A vice na chapa de Gustavo Zanatta defende o respeito aos desejos da população e a valorização das boas ideias
Quem é Cristiano Braatz?
Cristiano non Rosenthal Braatz é montenegrino. Nasci no dia 14 de maio de 1981, às 11 horas, no Hospital Montenegro. Tenho 39 anos. Filho de Maricília Rosenthal e, como eu sempre digo, do sempre vereador Roberto Braatz, vereador com seis mandatos em Montenegro. Sou pai da Helena, de onze anos. Minha formação é jurídica, sou corretor de imóveis, perito avaliador. Atualmente, sou vereador em Montenegro, mas com uma atuação já de 20 anos na esfera política.
O que a levou a concorrer como vice-prefeito nesta eleição?
Eu sempre colocava, de maneira indireta, que eu iria parar. Eu já havia dito que não tinha mais interesse em concorrer a vereador porque eu estava desgostoso com a política. Alguns amigos, neste ano, me procuraram novamente e pediram que eu fosse à reeleição. Aí, atendendo a essas pessoas, num primeiro momento eu aceitei. Mas, desde 2019, o Zanatta e eu estamos conversando. Vendo os propósitos do Zanatta, a pessoa dele, o histórico dele como o vereador atuante que foi em Montenegro, e por a gente comungar das mesmas ideias, com muitos assuntos em comum, me senti motivado a aceitar esse desafio.
Em quatro anos de mandato, o senhor terá recebido R$ 332.096,96 em salários. E somando o que será pago ao seu assessor, ao fim dos quatro anos, o seu gabinete terá custado R$ 556 mil. O senhor conseguiu retribuir bem este investimento?
Sem dúvida. Em 2017, no primeiro ano do nosso mandato, eu fui relator do processo de Impeachment do ex-prefeito Luiz Américo Aldana. Foi um desafio enorme porque era vereador de primeiro mandato, foi uma responsabilidade muito grande. E através do meu relatório houve a cassação. Também naquele ano, eu iniciei minha participação no Comitê Caí, que faz o estudo da Bacia Hidrográfica do Rio Caí. Em 2019, eu fui presidente da Câmara de Vereadores e tive a oportunidade de ficar na condição de prefeito em exercício por dez dias. Nesse período, a gente fez vários projetos como, por exemplo, a Parada Segura; o projeto de lei que cedeu uma área para a Amoga, associação que trata dos animais. Também, no parlamento, fizemos vários projetos de lei, onde posso destacar a Lei da Vacina, que condiciona a matrícula nas escolas à imunização das crianças; e a que restringe a poluição visual. Hoje a cidade está mais limpa graças a nossa lei. Também destaco minha participação em comissões, pedidos de providências e diversas reuniões que fizemos, trazendo benefícios para a comunidade. Eu cito a rua Campos Neto. Graças a nossa intervenção no período em que estive na Prefeitura, os acidentes ali acabaram.
Uma das críticas feitas a esta legislatura é que a oposição – da qual o senhor faz parte – investiu tempo demais tentando cassar o prefeito. Como responde a isso?
Em nenhum momento, a gente teve uma intervenção no sentido de estimular que isso acontecesse, mas eu sou um legalista e se a parte legal de admissibilidade aconteceu, o nosso dever é fiscalizar. Eu sempre fui a favor e sempre serei a favor de fiscalizar. A gente sempre foi uma oposição crítica e, ao mesmo tempo, construtiva. A gente entende que todo esse processo gera desgaste, mas o nosso dever é esse, o de fiscalizar.
A banalização do Impeachment, agora que está indo para o Executivo, não o assusta?
Se a gente fizer um trabalho sério, transparente, lado a lado com o Gustavo Zanatta, em harmonia com o Poder Legislativo, pensando que, em primeiro lugar, sempre vem a sociedade e não os interesses particulares de partidos ou de um determinado grupo, não. Se isso acontecer, e vai acontecer, eu não temo que tenhamos algum problema, porque quem perde com isso é a sociedade.
Por que a relação do Executivo com a oposição foi tão turbulenta?
Logo após aquele período em que eu estive dez dias à frente do Executivo, nós tivemos uma conversa, o atual prefeito e eu, onde abordei as dificuldades que observei. Ele tinha ciência, mas não tomou nenhuma atitude. Com isso, quem acabou sendo prejudicado não foi o vereador Cristiano, não foi o atual prefeito, mas toda a comunidade. Diante disso, se houvesse mais respeito, se houvesse mais diálogo entre os poderes, principalmente, a gente talvez teria tido uma relação muito mais harmoniosa.
O candidato Zanatta disse que o senhor terá um gabinete ao lado do dele e que o ajudará a governar em tempo integral. Qual será seu papel na Administração?
O nosso primeiro objetivo é ganhar a eleição para depois, então, discutir essa questão de como fazer a gestão. A gente não quer apenas governar Montenegro, a gente quer fazer gestão de pessoas, com as pessoas. A gente quer fazer um trabalho coletivo. Quando o Gustavo usou esse termo, é que a gente vai andar lado a lado. Não vai acontecer, como a gente viu nos últimos anos, uma turbulência envolvendo prefeito e vice. Primeiro, porque a gente tem muita afinidade e uma amizade de longa data. Segundo que a gente vai trabalhar em conjunto, pensando sempre no melhor para o Município. E fazer gestão, gestão administrativa e de pessoas.
Em 2019, o senhor assumiu alguns dias o comando do Executivo. Quando saiu, disse que mudou sua forma de ver a Administração porque compreendeu melhor as dificuldades do Executivo. A que exatamente o senhor se referia?
A primeira coisa: respeito ao funcionalismo público. É ele que move esse Município através do seu trabalho e nós temos excelentes funcionários. Eles terão, sim, participação dentro da nossa Administração. Também me baseio na minha experiência como presidente da Câmara de Vereadores. Extinguimos um cargo de confiança que, na época, só servia para fazer arranjos políticos; e, com isso, demos duas gratificações aos únicos funcionários que não tinham, estimulando o trabalho deles. Fizemos vários processos de licitação dentro da Câmara e, ainda assim, geramos economia, devolvendo aos cofres públicos mais de R$ 750 mil. Com gestão, dá pra fazer mais com menos. Nós faremos uma redução drástica nos cargos de confiança, com aproveitamento do funcionário público nas áreas das suas competências, e vamos qualificar os serviços através de indicações de pessoas que sejam da área, e não apenas por questões políticas. Claro que tem a burocracia, mas eu cito o exemplo da lei que a gente fez cedendo uma área para a Amoga. Essa lei foi feita em dois dias, depois de uma espera de 13 anos.
O senhor entrou na Política pela mão do seu pai, que foi seis vezes vereador e também vice-prefeito. Qual tem sido o papel de Roberto Braatz nesta campanha?
Meu pai é a principal influência na minha vida pública. Foi um homem que teve uma participação muito importante na sociedade montenegrina como vereador e como pessoa. É um cara que está me ajudando muito; e a experiência, o conhecimento e a trajetória dele são inspiradoras, tanto pro Gustavo quanto para mim, para que a gente possa saber fazer uma política de respeito às pessoas. É olhar para a pessoa, é conversar com ela, nos apresentar, é respeitar o eleitor. É dessa maneira que estamos absorvendo isso dele, todo o conhecimento e a experiência dele.
Ele vai participar da campanha?
Acredito que sim. A gente está tendo apoio das mais diversas pessoas da sociedade, lideranças políticas e comunitárias, líderes empresariais, tanto da cidade como do interior, pessoas que estão confiando e depositando a esperança nessa dupla. São políticos do nível dele, assim como tantos outros que estão conosco; inclusive pessoas que abriram mão de candidaturas para confiar em nós. Isso é algo fantástico.
Por que os eleitores devem confiar seus votos a Gustavo e Cristiano e digitar 14 na urna?
Quando a gente fala em fazer uma nova cidade, não é apagar a história de ninguém. A gente está pedindo uma oportunidade para construir uma nova história. Para isso, a gente precisa do seu apoio, da sua confiança e do seu voto. Muitas pessoas estão depositando essa esperança em nós diante de todos os problemas que estamos vivendo na nossa cidade, e que não são de agora, vêm de anos. Por isso que estamos nos colocando à disposição de vocês. Juntos, nós construirmos uma nova cidade para o futuro, para as próximas gerações.