Candidato a prefeito de Maratá apresenta suas propostas para o Executivo
Quem é Miguel Henrique Broilo?
Miguel Henrique Broilo, o Broilo, conhecido na região. Nasci em São José do Sul, morei por ali em torno de 30 anos. Depois, vim pra Maratá, onde já resido há 20 anos. Tenho 54 anos. Sou casado com Nair Terezinha Broilo, tenho uma filha de 20 anos, Franciele Broilo. Trabalhei em diversos setores durante estes meus 54 anos. Comecei na agricultura ali em São José (do Sul) mesmo. Depois, passamos a prestar serviços diarista. Até eu conseguir a minha primeira habilitação, onde a gente passou a trabalhar como motorista. Doze anos foram as experiências viajando, na estrada, como carreteiro. Conheci uma boa parte do nosso Brasil, vários estados. A realidade que passava na televisão, a gente teve a oportunidade de conhecer ao vivo. E isso me trouxe uma experiência muito grande. Quando eu constituí família, que a nossa filha estava a caminho, eu optei por parar de viajar e vim morar no Maratá. Dali pra cá, o trabalho sempre foi voltado às comunidades, a participar das ações do Município, depois mais eu comprei um trator onde a gente passou a trabalhar pra fora. Numa oportunidade, eu fiz um contrato com a administração pública e isso me trouxe bastante conhecimento, onde eu fiz a roçada das estradas e pude conhecer, realmente, de divisa a divisa, o nosso Município e todas as vias de Maratá. Mais tarde, então, optamos por concorrer a vereador. Na primeira tentativa, não consegui, mas não desisti. Continuamos trabalhando junto à comunidade, aí já tínhamos um caminhão no transporte de esterco, como hoje eu sou conhecido em toda a região, não só em Maratá, mas nos Municípios vizinhos: é o Broilo do caminhão do esterco. Isso me deu um conhecimento muito grande da nossa região. Foi onde eu tentei a segunda tentativa de concorrer a vereador e me elegi. Dali pra frente, o trabalho continuou sendo forte, voltado à população, fazendo um trabalho sério e, na terceira tentativa, eu me elegi pela segunda vez, sendo o terceiro mais votado de Maratá.
O senhor está, atualmente, ocupando uma cadeira na Câmara de Vereadores pela segunda vez seguida. No que essa experiência pode lhe ser útil no comando do Executivo?
Toda a experiência, todo dia que se passa, tu tem que estar apto a aprender. Eu aproveitei muito esses oito anos de vereador e, aí, eu quero agradecer à população de Maratá, que foi a que pagou pra mim, na verdade, os meus cursos que eu fiz. Eu tenho oito cursos que eu fiz durante a minha permanência na Câmara que me ajudaram a cada vez mais desenvolver o papel de vereador. Os cursos voltados à administração pública, à fiscalização, de tudo o que é maneira. Eu pude desempenhar o papel de vereador pelo meu conhecimento, pelo que eu busquei e me preparei. A passagem pela vida política não dá riqueza. Sendo um político honesto, tu não consegue somar riqueza, mas esse conhecimento eu levo com muita honra para a minha vida.
O que motivou o senhor a colocar seu nome à disposição da comunidade de Maratá?
Vários foram os motivos. Quando tu entra na vida pública ou em qualquer outro setor, a decisão de fazer um trabalho certo, de fazer um trabalho correto, é tua. Como eu entrei de vereador, lá atrás, eu já percebia que teria que buscar uma coisa maior. Foi onde eu comecei a me preparar. No decorrer desse tempo, nesses oito anos de vereador, eu tenho um contato muito forte na comunidade. E aí conversando com pessoas, se viu, no Maratá, uma necessidade de criar um terceiro partido (grupo). A briga política que se instala no Maratá hoje, dos dois grupos políticos que vêm atuando dentro do Maratá hoje, se tornou muito forte e a população comentava que seria necessário um terceiro partido (grupo) para sair exatamente fora dessa briga política. Como eu tinha a minha formação, esses vários cursos e, hoje, tenho a honra de dizer que, com 54 anos, eu sou universitário – curso Ensino Superior em Gestão Pública. Preparação eu acredito que não me falta e experiência também não, foi onde a gente decidiu assumir essa vaga e concorrer para prefeito de Maratá.
Em outubro, a Câmara de Vereadores de Maratá aprovou a redução de 15% nos salários dos vereadores para a próxima Legislatura. Na ocasião, o senhor apresentou uma emenda propondo uma redução ainda maior. Por que o senhor defende a redução de salário de cargos eletivos?
Essa proposta de redução de salários vem sendo estudada por mim há mais tempo pelo fato de essa crise que se instala nos pequenos Municípios e o orçamento sempre é curto. Como eu tenho um conhecimento bem amplo nessa área, eu via que o salário de Maratá era um salário bem alto, acima da média da região. Aí eu fiz um estudo e cheguei à conclusão de que 30%, num primeiro momento, seria o ideal para nós reduzirmos o salário dos vereadores. E também, numa emenda separada, eu sugeri a redução do salário do prefeito, também. Foi uma iniciativa minha. Eu entendo que, quando a gente entra numa briga que a gente tem que lutar, tem que trabalhar, tem que estar todos juntos. Não tem como baixar somente o salário de vereador e não mexer nos outros salários. Então, eu entendi que 30%, no momento, seria o ideal, mas, como depende do voto, a minha emenda foi rejeitada. Ficou a emenda, para ser votada, da redução de 15%.
Maratá é conhecida como Capital das Belezas Naturais e apresenta potencial para o turismo. Caso eleito, como o senhor planeja ajudar a desenvolver esse setor?
O turismo no Maratá vem seguindo um caminho que, no meu entender, é um tanto quanto devagar. Eu acho que o turismo, no Maratá, merece uma atenção maior, não só em nível municipal, mas em relação aos outros Municípios, criar um projeto e dar mais valor na questão do Município inteiro. Nós temos que se preocupar não só com os pontos turísticos, mas com os acessos, as estradas, o interior, que é onde o turista passa. Eu acho que o turista, quando vem pra Maratá, no momento em que ele entra nas divisas do Município, ele já tem que se sentir acolhido. Então, fazer um trabalho somente no centro e nos pontos não seria o suficiente, no meu ponto de vista. Acessos, estradas em perfeitas condições, um projeto com os moradores, com os agricultores, que ficam ao longo dessas rodovias, seria muito bom para chamar atenção, já na chegada, do nosso turista.
Candidato, entre outras propostas para a Agricultura, seu plano de governo propõe a reformulação do bônus incentivo aos produtores rurais. No entendimento do senhor, o que precisa ser modificado?
Esse bônus não alcançou o objetivo que ele teria que ter alcançado. Ele não atingiu a todos. É um incentivo que, no meu ponto de vista, não deu certo. A mudança no sistema do bônus, do enquadramento dos agricultores, prejudicou alguns, mas, pelo contrário, ele deu lucro para administração. Porque, no sistema antigo, o enquadramento pelo bônus máximo, que era de sete bônus, mais uma carga de brita, se dava aos R$ 100 mil emitidos de notas. Hoje, no sistema mudado, o enquadramento para o bônus máximo, de sete bônus, mais a carga de brita, passou a ser R$ 200 mil. Esses agricultores que ficaram nesse meio dos R$ 100 mil até os R$ 200 mil, perderam essa carga de brita, que é de um valor bem alto e muitos usavam a brita nos seus acessos e até para algumas reformas e isso deixou de acontecer. Em contrapartida, o Município teve uma economia bastante considerável.
Candidato, no seu plano de governo há a proposta de se criar uma vigilância comunitária nas localidades. Como isso funcionaria?
O tal cercamento eletrônico que tanta gente fala, e faz também – temos Municípios na região que já implantaram isso – não é mais uma opção para nós, mas sim uma necessidade. Levando em consideração o grande aumento da entrada das drogas nos Municípios pequenos do interior o cercamento eletrônico vem dificultar as ações dos traficantes que possam vir a usar o nosso Município. Durante a noite, como é um Município agrícola, as pessoas deitam cansadas e dormem, e ninguém sabe quem circula dentro do nosso Município. Hoje é muito importante tu ter um conhecimento de quem vem de noite, quem sai. Tu não percebe, mas a droga chegou. É nesse ponto de vista que a gente vai fazer o cercamento eletrônico. Nós temos o nosso vice, o seu José Villagra, é um policial federal aposentado e ele tem um vasto conhecimento, um enorme conhecimento, nessa área. E ele vai dar uma mão para nós para montar esse projeto de vigilância dentro do Município de Maratá.
O senhor deseja deixar uma mensagem final aos eleitores de Maratá?
A nossa mensagem é: um novo Maratá começa agora. Não significa que nós vamos fazer mais do que os outros ou diferente dos outros, mas sim acabar com essa briga política que tem no Maratá. Como a gente não tem nenhum grupo de pessoas esperando para entrar junto com nós na Prefeitura, ocupando vagas políticas – a gente não tem isso – nós vamos entrar na Prefeitura para administrar Maratá para os marataenses. É essa a ideologia do partido. (Quero) Agradecer a acolhida que a gente recebeu nas casas durante a campanha. Um agradecimento especial aos marataenses que nos receberam tão bem.