No exato dia em que marca a transformação do Hospital Montenegro (HM) no atendimento 100% SUS, a direção e corpo clínico anunciaram a suspensão de serviços. A partir desta terça-feira, dia 6, e por tempo indeterminado, não serão mais realizadas consultas e cirurgias eletivas agendadas através das secretarias de saúde dos municípios do Vale do Caí. Plantão segue normal e consultas já marcadas serão cumpridas.

A atitude representou uma escolha da direção diante do déficit mensal e dos atrasos nos repasses dos governos Federal e Estadual. Desta forma são mantidos os atendimentos no Plantão, assim como seus exames, curativos e cirurgias; além das interações. O diretor Carlos Baptista aponta que essas são as verdadeiras funções do HM. Ele salientou ainda que o hospital é filantrópico, mas o Estado parece não entender isso, tanto que hoje deve R$ 4 milhões 282 mil.
Da mesma forma, cortou em 2017 R$ 400 mil do contrato mensal que já era apertado. Hoje, mensalmente, o repasse é de R$ 3 milhões 690 mil; enquanto deveria ser de R$ 4 milhões e 200 mil. Desta forma o HM passou a se tornar inviável, com um tamanho maior que seu caixa. Assim, cortar consultas como cardiologista, pneumologista e outros, adéqua um pouco essa desproporção.