Em meio à lavoura do produtor Fabrício Seidl, a abertura oficial – e virtual – da safra de morangos 2020 ressaltou um dos ‘carros chefes’ da economia de Bom Princípio. Com a pandemia, a tradicional solenidade precisou ser realizada de maneira simbólica, nesta segunda-feira, dia 10. Projeção da Secretaria Municipal da Agricultura é que sejam colhidos cerca de 680 mil quilos da fruta, produzidos por 80 famílias rurais.
Parte do calendário municipal de eventos, a Abertura da Safra neste ano teve ares mais intimistas, contando apenas com a presença das Soberanas da Festa Nacional do Moranguinho. E coube à Corte de Caroline Reuss, Andressa Henz e Daniela Flach colher as primeiras frutas. Mas em 2020 não haverá edição da Festa, que retornará apenas em 2021.

A propriedade rural escolhida é um exemplo da sucessão na vida do campo. Fabrício é a terceira geração da Seidl família, e dá prosseguimento ao trabalho iniciado por seu avô materno Ilmo Alles, e perpetuado pelos seus pais e tios. “Damos continuidade ao trabalho que foi iniciado há muitos anos, sendo o plantio de morangos importante para a nossa família e para o nosso município”, destacou. A fruta é hoje uma das principais referências para manter os produtores em suas terras. Inclusive as novas gerações que estão permanecendo nas propriedades e se qualificando para tocarem adiante os negócios das famílias.
Em outros anos, por motivos evidentes, a área plantada e, consequentemente, a safra foram maiores. “A estiagem e depois as cheias trouxeram perdas, mas temos a esperança de uma boa safra”, projeto o secretário, Daniel Lermen. Já o extensionista da Emater/Ascar-RS, Alexandre Matusiak, avalia que o clima atual – mais quente durante o dia e frio a noite – tem favorecido o bom desenvolvimento das frutas, bem vermelhas e saudáveis ao consumidor.
Estas características garantirão o escoamento da safra, para venda in natura e como ingrediente em doces e sobremesas. Ainda de acordo com a Emater, a evolução se deu graças a melhorias no sistema de produção, como a introdução de estufas altas, que aumentaram a produtividade e possibilitaram o trabalho em pé e abrigado da chuva. O sistema ainda reduziu cerca de 80% a necessidade de insumos químicos. Além da própria produção orgânica, que conta com vários adeptos no município, e dos subsídios pagos.
