De acordo com o secretário Luiz Carlos Azeredo, a aquisição assegura atendimento por dois meses na farmácia
“A Secretaria de Saúde sofre com a falta de medicamentos desde o início do ano, mas vem se alinhando para diminuir a carência”, afirma o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Azeredo. Agora, de acordo com ele, por dois meses, a farmácia municipal estará amparada, graças a uma compra no valor de R$ 304.825,83.
Em um levantamento feito antes da aquisição, conforme Azeredo, foi constatada uma necessidade de em torno de R$ 150 mil mensais para regularizar o déficit. “Desse montante, R$ 25 mil vêm da União, certinho. Já o Estado muito pouco disponibiliza em valores para a aquisição de medicamentos. O Município teria então que arcar com o restante, com recursos próprios”, enfatiza.
O assunto foi levado ao gabinete e, em reunião, o prefeito Aldana decidiu, juntamente com o secretário da Fazenda, que normalizariam a liberação dos R$ 130 mil mensais para zerar a falta de remédios na farmácia. Isso há um mês. “Desse total das encomendas, R$ 22.164,30 foi recurso estadual, R$ 86.461,12 da União e R$ 196.200,38 de investimento municipal. O montante aplicado pelo município é um valor que deveria ser destinado a outras situações, como para ampliação de consultas e exames. Mas se entende que a medicação é tudo para a vida do ser humano, prioritária” destaca.
Os remédios comprados, segundo o secretário, chegaram na última quinta-feira, dia 29, e demora até 48 horas para serem cadastrados no Sistema da Secretaria e repostos nas prateleiras da farmácia. “Após esse processo, os medicamentos estarão à disposição da população. Para dois meses, nós normalizamos a necessidade da farmácia. E depois já tem a sinalização do prefeito de que o município garantirá os R$ 130 mil, mais os recursos que vêm da União, para a próxima compra. Claro que sempre haverá alguma falta, pois alguns remédios não compete ao município fornecer”, admite.
Segundo Luiz, a União tem a responsabilidade de repassar em torno de R$ 25 mil mensais para a compra de remédios no município, enquanto Estado e Administração Municipal em torno de R$ 12 mil cada. “Essa conta gira em torno de R$ 50 mil que, por lei, deveríamos investir na atenção básica, na nossa farmácia. Mas o que acontece? Estávamos com uma média de R$ 85 mil e, mesmo assim, se verificou que ainda há falta de medicamentos. Isso porque a nossa demanda cresceu demais”, pontua. O acréscimo no número de pessoas que retiram remédios na farmácia da Secretaria de Saúde gira entre 27% a 30%.
Na avaliação do secretário, a culpa é da crise. O cidadão está deixando o seu plano de saúde e de comprar na farmácia particular para utilizar seu direito na rede básica, que é o SUS. “É importante enfatizar que, no mais tardar esta semana, a Secretaria estará com o seu déficit de remédios zerado”, termina.

Oferta pode ser reduzida
Atualmente, de acordo com Luiz, a farmácia da Secretaria da Saúde trabalha com 198 tipos de medicamentos. “Sendo que 11 deles não são de responsabilidade do município, como os de hipertensão, diabetes e asma, mas que, mesmo assim, continuam sendo financiados com verba municipal”, salienta.
A intenção é reduzir o número de opções ofertadas na Farmácia. “Está sendo feito um estudo pela equipe técnica da Secretaria para diminuir esse número de medicamentos em torno de 20 a 25 tipos, em vista de que muitos não são de nossa responsabilidade. Há também, nesse número, aqueles de competência do Governo Federal, que as pessoas podem pegar gratuitamente na Farmácia Popular, em conveniadas. Esses sairão da lista”, conclui.
