No Clube do Comércio, 74 trabalhos são apresentados até as 18 horas de hoje
Um salão com mentes pensantes, criativas, inovadoras e repletas de estímulo para abrir possibilidades de evolução. É isso que se vê no segundo andar do Clube do Comércio, onde os alunos matriculados nos cursos técnicos em Guia de Turismo, Química e Eletrotécnica do São João Patrocinado pela empresa Hexion, produtora de resinas químicas para a indústria moveleira, a 21ª edição da Expotec traz à comunidade montenegrina 74 projetos: três na área de Guia de Turismo, 37 de Eletrotécnica e 32 de Química, além de dois em Informática. O evento iniciou oficialmente na terça-feira e termina hoje, às 18h. Depois, haverá a divulgação do primeiro lugar de cada técnico, que ganhará colocação na Mostratec, em Novo Hamburgo, além de um troféu.
Para Michele Behrens, professora de Química e integrante da comissão organizadora, a Expotec é um momento muito bom, no qual os alunos têm a missão de apresentar suas pesquisas e, mais do que isso, convencer os avaliadores de sua importância. “Os temas mais abordados nessa edição são da área da Saúde, Ambiente, Social e alternativas de roteiros turísticos”, aponta.

André Zarpelon da Silva, servidor público estadual, avalia os trabalhos pela terceira vez consecutiva. “Me formei no curso técnico em Química e, por experiência própria, posso dizer que essa é uma oportunidade insubstituível”, defende.
Segundo Zarpelon, o que acontece hoje no mercado de trabalho é o funcionário ser incumbido de realizar determinada tarefa, no que diz respeito à pesquisa, e sequer ter conhecimento do assunto. “A Expotec dá essa base. Forma cidadãos inteligentes, que têm capacidade de andar com as próprias pernas em situações desafiadoras”, relata.
Ele também observa que a evolução dos estudantes é absoluta. No primeiro ano, eles somente fazem aquilo que lhes é sugerido. “Não vão além, talvez por insegurança. Na etapa seguinte, se continuam com o mesmo projeto, o desenvolvem sozinhos. Apenas escutam as orientações dos professores. No terceiro ano, pouco se fala e eles vão além do que se espera. Abrem caminhos”, enfatiza.
O evento continua hoje das 9h às12h, e retorna às 13h30min, encerrando-se por volta das 18h. Durante esses períodos, ocorrem visitações da comunidade e avaliações.
Indo muito além dos limites

Bruno Metz dos Santos, Erick Dalla Giacomazza Kelsch e Henrique de Castro Franco são os responsáveis pelo projeto “Sistema de Automatização de Transporte Coletivo Urbano – SATCU – Fase III”. Neste ano, o foco foi a facilidade de acesso dos deficientes visuais. Os alunos criaram um dispositivo a ser instalado nos abrigos de ônibus. “O deficiente vai apertar um botão que vai dizer as linhas disponíveis e o trajeto que elas fazem”, diz Bruno.
Outra novidade são os QR codes para o aplicativo, que vão fornecer todas as linhas e horários dos transportes urbanos, e não somente de um. “A nossa dificuldade agora é encontrar apoio para que isso saia do papel e alternativas de conscientização para os usuários. Afinal, será de utilidade pública e a manutenção dependerá do esforço de cada um de cuidar dos equipamentos”, reforça Henrique.
Aline Cristiane Gomes, Cristian Carvalho e Jaíne Schommer criaram um projeto no âmbito da Química, nomeado como “Oleoresina de capsaicina no combate ao fungo penicillium digitatum em frutas cítricas – fase III”. O objetivo da equipe é minimizar o uso de agrotóxicos na citricultura, através de produtos naturais, e inibir fungos de frutas.
A primeira etapa foi de pesquisa; a segunda consistiu na tentativa de inibição do fungo no limão cravo e, a terceira, na laranja doce e na bergamota montenegrina. Os produtos utilizados são as pimentas Malageta e a Dedo-de-moça.