Comprometido. Pavilhão construído para evento agrícola está abandonado
A Prefeitura de Montenegro ainda não apresentou solução para o antigo pavilhão de exposição de gado no Parque Centenário (ao lado do ginásio azulão), tampouco respondeu aos questionamentos do Jornal Ibiá sobre o abandono do local. O problema estrutural denunciado pelo Ibiá em julho do ano passado se agravou, e desabamentos do teto praticamente condenam o patrimônio. Com mais de duas décadas sem atividades pela ausência de festas municipais, a estrutura era usada como depósito de secretarias.

Cupins e a falta de reparos comprometeram a base do pavilhão construído em 1988 para a realização do Festa & Festa. Inclusive uma avaliação técnica em 2018 apontou que o espaço não fosse mais utilizado pelos servidores devido ao risco eminente de desabamento. A outra construção semelhante está cedida para o Piquete 15 de Novembro e segue em plena atividade.
Frequentadores do Centenário também têm observado o estado das instalações usadas por entidades tradicionalistas. O galpão crioulo na frente da antiga Secretaria da Agricultura, cedido ao CTG Estância do Montenegro, pede alguns reparos. A situação interna denota abandono. A reportagem não recebeu retorno da patronagem do Estância a respeito do uso e da responsabilidade de conservação.
Da mesma forma a tafona (moinho), construída para o Festa & Festa, hoje na área de rodeio, está cedida ao CTG Alma Estradeira. Ali também o cenário é de desamparo, com a roda d’água desabada pela ação do tempo e de cupins, tendo sumida no meio do capim que cresce. A reportagem não conseguiu contato com o patrão.
Segundo pavilhão receberá mais inquilinos
GALPÃO usado pelo CTG Estância do Montenegro ainda tem consertoDos pavilhões construídos para exposição na Festa & Festa, o segundo está em estado regular e abrigará ainda a 15º Região Tradicionalista (RT) e a Associação de Tradicionalistas de Montenegro (ATM). O patrão da regional, Claudio Rogelio Correia Oliveira, explica que o processo foi protocolado dia 28 de setembro do ano passado e ainda está tramitando pelas secretarias da Prefeitura.
Trata-se de uma solicitação para utilização do espaço para o desenvolvimento de atividades culturais ligadas à Tradição Gaúcha. Ele assinala que é apenas um projeto de aplicação que não traz os termos do contrato, como a responsabilidade de manutenção do galpão.
Ali está o Piquete 15 de Novembro, que recentemente renovou seu Contrato de Concessão de Uso e permanecerá até que tenha sua sede própria. Segundo seu patrão atual, Arthur Silva, a saída é por busca de autonomia, mas confessa que o galpão pede uma reforma estrutural. A entidade realiza consertos do local, assim como, voluntariamente, faz limpeza e reparos no entorno, incluindo a cancha de rodeio.