Pais já podem exigir vaga para os filhos em creches de Montenegro

Justiça pode inclusive determinar dotação orçamentária para novas escolas

Na tarde desta sexta-feira, dia 9, a Prefeitura de Montenegro ainda não havia sido intimada a respeito da decisão judicial sobre vagas na Educação Infantil (creches). O processo ainda está na 2ª Vara Civil do Fórum, aguardando o Oficial de Justiça notificar o governo. Todavia, apesar de não ser oficial, a divulgação pela mídia torna pública a decisão judicial; o que, na visão do defensor da 3ª Defensoria Pública de Montenegro, Rodrigo dos Santos Ribeiro, não corrobora a postura do Município em dizer que não tem conhecimento.

RIBEIRO: “Ação coletiva não é só para quem procurou a Defensoria, mas para todos que precisam”.

A falta de entrega da notificação também não altera o direito que os pais têm em cobrar do Poder Público. Ribeiro explica que aqueles que esperam vaga há até cinco meses devem considerar o prazo de 30 dias a partir do recebimento da notificação por parte da Prefeitura. Hoje 20 famílias têm queixa no Juizado da Infância e Juventude. Já os cidadãos que iniciam agora sua luta  considerarão a data da inscrição do filho na Smec para contagem do prazo. Passados 30 dias sem solução, a orientação é que retornem à Defensoria para encaminhar novo processo.

O Município será obrigado a conseguir vaga, seja na rede pública, seja comprada em particular; além de garantir o transporte para crianças encaminhadas à escola há mais de 500 metros de casa. A decisão divulgada nesta semana tem caráter liminar, por tanto cabe ao Município prazo de 15 dias para questioná-la. Caso o efeito suspensivo seja negado, o cumprimento deve ser imediato. O defensor informou que no processo o órgão “sugere” que a Administração Municipal preveja no orçamento 2019 dotação para construção de escolas. Mas este mérito da demanda ainda será avaliado pela Justiça que pode determinar seu cumprimento.

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