EMEIS apresentaram em feiras de iniciação científica pesquisas realizadas a partir de situações cotidianas dos alunos
As curiosidades e também fatos que acontecem dentro da escola podem virar temas de pesquisas científicas. A partir disso, duas Escolas de Educação Infantil (Emei) promoveram, na sexta-feira, 29, feiras de trabalhos científicos produzidos pelos alunos, com auxílios dos professores. Os eventos promovem a apresentação dos projetos criados pelos estudantes em sala de aula e também com suas famílias.
Conforme a secretária de Educação de Montenegro, Rita Carneiro Fleck, a pasta tem um projeto norteador que promove a educação continuada. “É essencial o desenvolvimento científico dos estudantes”, afirma. Além disso, ela afirma que os trabalhos são incorporados na escola.
Os projetos são avaliados por uma equipe, a qual seleciona um de cada instituição de Educação Infantil e três das séries finais do Ensino Fundamental para a Feira Municipal de Iniciação Científica (Femic). Sem tema específico, as pesquisas são feitas pelas professoras com a colaboração dos familiares, no caso das turmas de berçário e maternal. Os estudantes maiores, a partir do jardim de infância, participam dos estudos e investigações do assunto. Ao longo do ano outras instituições promoverão suas mostras e feiras.
Gente Miúda apresenta a 1ª Feira Científica
Com a adesão de todas as salas, do berçário até o jardim de infância, a Emei Gente Miúda também promoveu, na sexta-feira, 29, a mostra dos projetos feitos pelas turmas. Conforme a diretora Taís Lopes, os estudos foram explorados dentro e fora da escola. “Um dos desafios é mudar o jeito de dar aula, pois com este projeto nós não seguimos o currículo, mas sim, ouvimos o que os alunos querem aprender”, afirma a diretora.
Além disso, os projetos também promovem a interação entre professores e funcionários, bem como a comunidade externa. Segundo Taís, surge um grande auxílio na transição do ensino infantil para o fundamental. A comprovação está nas apresentações que as crianças fazem.
Um destes exemplos vem da turma Jardim 1C, a qual teve alunos que, ao passar pelo corredor, acendiam as lâmpadas nos dois interruptores que estão no local. Foi então que as professoras explicaram a importância da energia elétrica. Os estudantes aprenderam bem o conteúdo e já sabem que as luzes devem ser acesas somente à noite ou em dias mais escuros.
Eufóricos, os pequenos explicavam quais os eletrodomésticos que mais consomem energia e como era a vida antes da luz. “O Thomas Edison inventou a lâmpada”, insistia Arthur Endres, de apenas quatro anos. Temas como cheiros e textura dos chás, coração, paleontólogos e lixo foram destaques.

Crianças pautam os temas mais curiosos
Já é a segunda edição da Feira Científica da Emei Santo Antônio, e os trabalhos envolvem assuntos curiosos que surgiram a partir de vivências dos alunos de quatro meses a seis anos. A diretora Alini Motta dos Santos Gonçalves diz que a instituição acredita muito nos projetos científicos. “Muitos valores que as crianças levam pra vida surgem na infância”, destaca.
Segundo a diretora, os professores também entram para o mundo da pesquisa e encaminham entrevistas para os pais colaborarem. Foi assim que um dos grupos tratou da importância do sol para os bebês. Já outra equipe investigou se a barata voa, pois as crianças encontraram um pequeno inseto da espécie morto.

E pelo visto os pequenos adoraram fazer experiências e buscar esclarecer as dúvidas sobre os temas escolhidos. Um trio de alunos notou que havia um período de muita chuva durante um dos meses do ano. Eles marcam, em um grande calendário, com está o clima do dia. Iniciaram, então, uma investigação: como a água vira chuva, o ciclo da água e outras histórias sobre a chuva.
Andressa de Sá Teixeira, de apenas 5 anos, inflou o peito e soltou: “Vapor, líquido ou gelo, assim pode ser a água”. Os colegas Lívia Maria Müller, também de 5 anos e Miguel da Rosa Engel, de 6 anos, ajudavam a explicar sobre a evaporação da água e a formação da chuva. “O sol faz a água evaporar, as nuvens crescem e ficam cheias de água e, quando elas se batem dá um trovão e a chuva cai”, relata Lívia.
A professora Daniela Weschenfelder relata que os pequenos achavam que a chuva vinha de canos gigantes instalados do Rio até o céu. “Nossa pesquisa teve filmes sobre o assunto e alguns experimentos de evaporação. Ao final eles compreenderam o ciclo e que a água é uma fonte esgotável e é preciso preservar”, destaca.