Indicadores criminais também apresentam queda em outros delitos
Assim como o Rio Grande do Sul, Montenegro iniciou 2022 com queda da criminalidade. Conforme dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP/RS), somente nos casos de furto houve uma diminuição de 42% em janeiro de 2022 – em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, também é registrada queda no abigeato, delitos relacionados a armas e munições, estelionato, tráfico e crimes contra as mulheres.
Apresentados pelo governo do Estado na última sexta-feira, 11, os indicadores criminais registraram queda em todos os 22 índices monitorados no RS – de homicídios e latrocínios a crimes patrimoniais, além de feminicídios e demais delitos de violência contra a mulher – em comparação com o primeiro mês de 2021. Em Montenegro, de 61 casos de furtos em janeiro de 2021, passou para 35 casos em janeiro deste ano. Essa é a maior queda já registra nos últimos cinco anos. Em 2017 foram 84 furtos, em 2018 foram 66, em 2019 foram registrados 80 e, em 2020, 97 furtos, sempre com janeiro como mês de apuração.
Para o comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Oberdan do Amaral, a retração nos números é fruto do trabalho com o Programa Avante, da Brigada Militar. “(Com ele) A gente consegue fazer um diagnóstico de locais e índice criminal que está em elevação e focar em metas, onde conseguimos fazer um planejamento do

de delitos irão continuar. Foto: Arquivo Ibiá
policiamento”, diz.
De acordo com ele, através do Programa é possível identificar locais, turnos e horários, onde acontecem esses crimes. Focar em abordagens, identificação de pessoas e uso da inteligência da Brigada Militar também fez parte dessa ação. “Um trabalho em conjunto com a Polícia Civil para esse levantamento e um trabalho em conjunto com a Susepe, onde a gente levanta as pessoas que estão cometendo os crimes e que estão saindo da cadeia”, aponta o comandante.
Além disso, também ocorreram quedas nos crimes de abigeato (passando de dois para um caso), de delitos relacionados a armas e munições (de um caso para nenhum), estelionato (de 36 casos para 34) e tráfico de drogas (de 13 para 12 casos). Apesar disso, o índice de posse de entorpecentes dobrou, passando de 20 para 41 registros em relação a janeiro de 2021 e 2022. “Nós focamos muito na questão do tráfico de drogas. Estrangulando o tráfico de drogas a gente consegue também diminuir esse índice dos furtos, porque os demais crimes que ocorrem geralmente estão ligado ao tráfico de drogas, ao consumidor que vai lá cometer furtos, roubos”, explica o comandante do 5º BPM.
Os indicadores de violência contra as mulheres em Montenegro também apresentaram queda. O feminicídio consumado e a tentativa de feminicídio seguem zeradas como janeiro de 2021, entretanto a lesão corporal passou de 12 para 4 casos, a ameaça baixou de 24 para 19, e não houve nenhum caso registrado de estupro, sendo que no mesmo período do ano passado foram três. “Nós temos a Patrulha Maria da Penha, que é muito atuante, uma das melhores do Estado está aqui em Montenegro, pela atuação das nossas policiais. Nós também estamos implantando a Patrulha Maria da Penha em Triunfo, Barão, Salvador do Sul, e outras cidades, para a gente abranger mais locais e dar mais proteção para as nossas mulheres”, completa.
Oberdan ressalta a implementação da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam) na área central da cidade para a diminuição dos índices de criminalidade. “É um somatório que só tem a comunidade a ganhar”, diz.
Videomonitoramento atuando para a diminuição dos crimes
Outro fator essencial para a diminuição nos índices criminais do município é o Sistema Integrado de Videomonitoramento, aponta o tenente-coronel. Com 25 câmeras espalhadas por pontos estratégicos, muitos delitos são identificados e ações suspeitas interceptadas. O monitoramento é realizado 24h por policiais capacitados.
Para o major Ricardo Machado da Silva, subcomandante do 5° BPM, o videomonitoramento é hoje uma ferramenta indispensável pelo seu poder de alcance. “O ganho que a gente tem é muito grande, qualquer crime que acontecer na cidade e caso alguém passe pela área central a gente tem condições de trabalhar com as imagens”, fala.
Com policiais experientes, o major garante que o sistema tem garantido o sucesso nos casos. Um exemplo é a atuação do sargento Estevão Benites, que possui mais de 30 anos de experiência como policial militar. “Pelo videmonitoramento a cidade está mais protegida, além do policiamento. A gente pode dar um amparo maior para identificar veículos e indivíduos suspeitos”, declara.