Tradição. Encontro reuniu famílias e amigos em uma bela tarde no interior
Sorrisos nos rostos, conversa solta e dança no pé. Essas são algumas das cenas vistas na 124ª Festa da Comunidade Evangélica de Costa da Serra, no interior de Montenegro, neste domingo, 19. A já tradicional festa no Vale do Caí recebeu famílias e amigos de diversos lugares, realizando um intercâmbio social e cultural entre os que lá estiveram.
Com o dia ensolarado e agradável, a programação começou logo cedo, com um culto festivo às 10h. Logo após, ao meio-dia, foi servido o almoço tradicional, com churrasco de gado, porco e frango, além de galinhada e diversos tipos de salada. De acordo com a organização, aproximadamente 450 refeições foram vendidas, marcando o sucesso da comida.
Para servir bem as centenas de pessoas que por ali passaram, cerca de 40 voluntários trabalharam no dia. Com muita alegria, comidas eram servidas e “trocos” eram dados. Segundo o integrante da organização, Magnus Daniel Pilger, a festa, realizada todo terceiro domingo de janeiro, ainda possuí traços do passado que agradam muito. “A cuca mesmo, é feita pelas próprias voluntárias, não é aquela de padaria, e isso chama atenção”, conta.

Participando da festa desde pequeno, Magnus acredita que o voluntariado deve ser praticado por todos, independente da sua causa. “Eu acho que vale a pena existir festas nas comunidades assim, porque tu aprende várias coisas, como por exemplo, a trabalhar em equipe. Que nem aqui, que são 40 pessoas voluntárias, existe uma motivação para tudo isso”, relata. Segundo ele, o valor arrecadado na festa será destinado para reparos no prédio da igreja da comunidade.
Embaixo de árvores, pessoas de diversas localidades conversavam animadamente sobre histórias do passado e perspectivas para o futuro. Em uma roda, estavam sentados os amigos, Ari Krug, José Carlos Moraes e Jaime Kochenborger. Presidente da Paróquia União Montenegro, Ari conta que essa é uma tradição antiga, que teve início na inauguração igreja, quando foi feito uma reunião entre amigos.
Participante ativo da festa há 50 anos, ele diz que todas as comunidades do interior participam, formando uma comemoração ecumênica de muita alegria e união. “A gente se reveza, nós vamos na festas das outras comunidades, eles vem na nossa. É um encontro”. Sobre o almoço, Krug é só elogios: “o almoço estava muito bom, sempre é bom”.
Na parte da tarde ocorreu o baile, com animação da Banda Doce Desejo, seguindo até as 19h. Dentre os diversos casais no salão, estavam Maria de Lourdes Selbach e Gilberto dos Anjos, que vieram de fora para conhecer a tão famosa festa. “Eu nunca tinha vindo aqui, essa é a primeira vez. Estou adorando”, conta Maria. Ela de Charqueadas, ele de Triunfo, garantiram que o passeio valeu apena. “Gosto bastante de dançar, e o churrasco estava muito bom”, completa.