Alunas de dança da Uergs procuram local para darem continuidade a projeto gratuito que busca expandir a prática

Um projeto de dança que iniciou do amor das alunas Belsane Macêdo e Tatiane Dornelles às artes precisa de apoio e espaço para sua continuidade em Montenegro. Ambas as jovens são estudantes da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, curso de dança, e ministram o projeto de dança experimental Em Movimento desde junho do ano passado.
Com público-alvo diversificado, as aulas ocorriam, à época, na Associação Comunitária do bairro Municipal. Porém, com a mudança dos dias de aula delas, no novo ano letivo, não foi mais possível conciliar com o que tinham disponível na Associação; aos sábados. As jovens chegaram a procurar a diretoria da entidade, mas não conseguiram reunião para agendar novos períodos.
“O objetivo das aulas é dar um retorno à comunidade. É passar de forma gratuita o que aprendemos nas aulas. É integrar um público diversificado, independentemente da classe social, religião ou cor”, destaca Belsane.
Apesar de a prática ser oportunizada por alunas da Uergs, o projeto não tem vínculo com a instituição, e ele chegou, inclusive, a ser levado para o interior, em Linha Catarina.
“Pela valorização, é importante para dar à cidade, na prática, o título que carrega: Das Artes. É para efetivamente democratizar a dança, tornando Montenegro a Cidade das Artes, a partir de sua universidade das Artes”, relata Belsane.
A dança, de acordo com a jovem, proporciona socialização, diversão e conhecimento sobre o próprio corpo e sobre as artes. “Comumente convidamos outros colegas de universidade, mas de cursos diferentes, para contribuírem com as aulas. E em Montenegro há essa oportunidade a partir do Em Movimento. De trocar experiências, conhecimento, em um ambiente seguro. Só precisamos de uma parceria, com local, para dar continuidade”, diz.
As aulas são ministradas em três momentos: o inaugural, onde são averiguadas as expectativas dos alunos e a partir das constatações traçado o plano de ensino; o momento teórico, onde informações culturais sobre a dança são passadas aos participantes (com auxílio de vídeos, slides, tudo adaptado à faixa etária). E por último, o momento de troca de experiências em roda de conversa, para que dúvidas sejam sanadas. “E durantes as práticas eu e a Tati fazemos intervenções. Explicando conjuntamente o conteúdo teórico já trabalhado. Acho importante essa iniciativa do Em Movimento para mostrar para as crianças, adolescentes que eles podem cursar uma graduação aqui. Incluir essa descoberta na vida deles, de que, de forma gratuita, há uma universidade que ensina e defende manifestações artísticas e culturais na cidade”, conclui.