Citrusflor é a festa das origens e do desenvolvimento

Gente. 30 mil pessoas curtiram shows, gastronomia e compraram no pavilhão de flores e mudas

Um show de fogos de artifício marcou o encerramento da 7ª edição da Citrusflor em Pareci Novo, na noite de domingo, dia 10. O levantamento inicial da organização aponta que mais de 30 mil visitantes passaram pelo complexo montado entre Praça Central Miguel Arraes, rua coberta e estádio municipal. Foram quatro dias marcados pelo show nacional da dupla sertaneja Guilherme e Santiago, dos tradicionalistas César Oliveira e Rogério Melo e pelo DJ Marmitt. Mas a festa das Flores, Mudas e Frutas não se afastou de suas raízes.

Homenagem ao citricultor e aos transportadores, fontes geradoras de empregos

Além dos pavilhões exporem a produção agrícola, artesanato e culinária, o Desfile das Comunidades colocou na avenida quem, de fato, é a cidade. As sociedades culturais levaram suas atividades artísticas, sociais e esportivas que têm como função a integração dos cidadãos. Agricultores e empresas especializadas em frutas e flores passaram com os tratores e caminhões carregados com seus produtos. Assim, os transportadores, que já fazem parte do cenário de Pareci, foram devidamente homenageados.

Se alguns veículos levaram exemplos de jardinagem oferecidos pelos comerciantes locais, outros distribuíram bergamota e sucos orgânicos. As escolas foram presença especial, principalmente com os pequenos fantasiados de citros e de flores. Em ao menos duas delas, meninos passaram puxando caminhõezinhos carregados de frutas, em outra, alusão aos dois setores que elevam o nome de Pareci Novo ao Brasil.

Moradores têm orgulho de sua origem colona

Base econômica está na terra e nas mãos colonas
O secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Fabio Schneider, afirma que, hoje, o Setor Primário é responsável por 70% da arrecadação do Município, sendo que, isoladamente, citros, flores e mudas se aproximam de 50% do total. Neste percentual, estão inclusas as empresas de jardinagem e paisagismo, viveiros e floriculturas.

“Ela tem um ponto muito importante. Ela gera muito emprego. Os viveiros dão muita mão-de-obra”, assinalou. Um bom exemplo é a empresa do próprio presidente da 7ª Citrusflor 2019, o engenheiro agrônomo Douglas Brand. A agroindústria cresceu e apenas o trabalho da família já não bastava, então hoje dá emprego para outras 20 pessoas. “Meus pais foram produtores de citros e, há uns 30 anos pra cá, começaram a produzir flores”, recorda.

Arthur e a mãe Maristela representaram a família Ody, uma das mais antigas

Quem é da origem de Pareci Novo
O Desfile das Comunidades prestou uma homenagem histórica ao trazer descendentes de famílias colonizadoras. O secretário municipal de Cultura de Pareci Novo, Antônio Gelci de Mello, salienta que os Ody, Adamy, Müller Zirbes e Werner são aqueles com registro oficial entre as que vieram de São Leopoldo para o local onde hoje fica a comunidade do Matiel.

Maristela Spohr, 43 anos, e o filho Arthur Spohr dos Santos, 7, carregavam, orgulhosos, o estandarte dos Ody. Ela explica que foi sua bisavó – que não recorda o nome – que veio da Alemanha. Há, inclusive, o entendimento de esta ser a mais antiga das colonizadoras.

Traudi e Gerta Müller desfilaram com Klaus Alsdorf, um alemão original

Já o nome dos Müller era exibido pelas descendentes Traudi Müller Zirbes, 64, e Gerta Müller, 68. As duas souberam informar que os antepassados desembarcaram no Rio de Janeiro no ano de 1826, tendo chegado em São Leopoldo em fevereiro de 1827, para depois migrarem até o Matiel.

Gerta salienta que a origem dos Müller é a região que hoje pertence ao estado de Baden-Württemberg. Na verdade, os imigrantes alemães não param de chegar, pois ela desfilou ao lado do esposo, Klaus Alsdorf, 80, que chegou de Remscheid há pouco mais de 20 anos.

Últimas Notícias

Destaques