Serviço de transporte. Com pelo menos quatro veículos já operando, a prioridade é a qualidade do atendimento
Lançado em 2009 nos Estados Unidos, o Uber ganhou o mundo e já atende a passageiros de diversas regiões do interior do Rio Grande do Sul, incluindo o Vale do Caí. Cristian Silva de Araújo, 27 anos, trabalha com o serviço há um ano e um mês. Natural de Montenegro, ele deu o pontapé inicial na capital, Porto Alegre. Porém, devido à grande movimentação de veículos na cidade, tornou-se difícil chegar ao local de destino com rapidez. E isso fez com que migrasse para Novo Hamburgo, Capela de Santana e Portão.
“Eu conheci a empresa multinacional através de amigos e das redes sociais. Me apresentaram, fiz teste e gostei do serviço. Inclusive, trabalho com transporte executivo de pessoas há bastante tempo, já tenho firma registrada. Ser condutor de Uber rende uma grana extra”, explica Cristian.

Para tempos difíceis como os de agora, Cristian ressalta que contratar o serviço é uma boa opção. “Sabemos que existem os táxis e não é, de forma alguma, competição. Afinal, o Uber é um aplicativo, é necessário ter uma noção prévia sobre os smartphones, ter internet. Um idoso, geralmente, não terá essas condições. E é aí que surge a importância do taxista”, aponta. “A intenção de quem conduz um Uber não é tirar o lugar do táxi, muito pelo contrário. É mostrar que existe opção para todos. Aos jovens, que preferem praticidade, e aos mais velhos, que precisam de auxílio”, complementa.
Há diferenças marcantes entre os dois serviços. O Uber tenta prestar o melhor atendimento, com carros em bom estado, bem higienizados, obrigatoriamente fabricados depois de 2008, com ar-condicionado e quatro portas. Tudo isso por baixo custo, no geral. Os táxis também apresentam as mesmas condições, na maioria das vezes, porém, o valor tende a ser mais elevado. Segundo Cristian, pelo Uber, paga-se R$ 1,20 o quilômetro rodado e R$ 0,20 o minuto, calculados a partir do encontro do motorista com o passageiro. O táxi costuma cobrar também o deslocamento.
Ao usar o Uber, cada vez que o cliente e o condutor encerram uma corrida, os dados de ambos estarão excluídos do sistema para não haver possibilidade de nenhum contato. Somente para avaliar o atendimento com até cinco estrelas.
Ao acionar o serviço, há uma taxa de deslocamento, mas só é cobrada se o cliente desistir da corrida, para que o motorista seja reembolsado pelo combustível. No entanto, se a corrida acontecer normalmente, o valor a ser pago é calculado pelo próprio aplicativo.
Para Samuel Klein, 26 anos, passageiro desde segunda-feira, a praticidade é o que se destaca nesta novidade no Vale do Caí. “É discreto, não tem placa de táxi, é um carro normal que te busca e leva para qualquer lugar, por um preço muito em conta”, argumenta.
A reportagem do Jornal Ibiá contratou um Uber para uma corrida entre o Hospital Montenegro, na rua Assis Brasil e a rua Flores da Cunha, no bairro Rui Barbosa. Para uma distância de dois quilômetros, a despesa foi de R$ 6,90.
Manual de instrução do aplicativo
*Para ser um condutor do Uber, é necessário se cadastrar no site uber.com/en-PT, informar nome e sobrenome do motorista, bem como seu endereço de e-mail e telefone para contato. E criar uma senha de acesso ao site.
*Na Play Store, localizada no Menu de seu smartphone, você pode pesquisar na barra de busca por “Uber” e instalá-lo, sem custo algum.O aplicativo tem 32,81 megabits.
*Quando estiver iniciado, você terá de permitir que o aplicativo acesse o local do seu dispositivo, informar seu país, DDD e o código de confirmação que foi enviado, via SMS, para seu celular.
*Depois, digite seu endereço de e-mail, crie uma senha de acesso e escolha forma de pagamento – cartão de crédito ou à vista.
*Digite seu endereço de destino na barra “Para onde?”, e será possível visualizar seu condutor e a localização dele, bem como o tempo de chegada.
*Vale lembrar que é necessário ter internet no dispositivo para poder acessar o aplicativo.
Táxi x Uber
Ori Nunes, taxista há um ano, aponta que o Uber é um concorrente para a categoria. “Não vão mais precisar de nós daqui um tempo. Tem táxi, mas preferem investir em um aplicativo que gera lucro financeiro aos Estados Unidos”, lamenta.
Também profissional do volante, Alexandre Werlang, que trabalha com o transporte de passageiros desde o ano 2000, diz que é difícil comparar os preços com os praticados pelo Uber. Nos táxis, a partida está em R$ 4,40, e o valor da corrida depende do itinerário e da distância.
Quais as condições para ser um Uber?
– O interessado em dirigir para o Uber tem de cumprir algumas exigências. Todas as regras valem tanto para o Uber X, que sai mais em conta para o usuário, quanto para o Uber Black, mais luxuoso;
– o condutor deve ter ao menos 21 anos;
– a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) precisa ser categoria B ou superior e é necessário trazer a observação “Exerce Atividade Remunerada – EAR”. Caso não conste, o Detran deve ser procurado para pedir a alteração. As taxas para esse serviço variam de cidade para cidade;
– além da CNH, é preciso entregar um Atestado de Antecedentes Criminais, que pode ser obtido juntamente à Secretaria de Segurança Pública