SÉRGIO Souza diz que vai recorrer alegando que foi uma poda
O vereador Sérgio Souza (MDB), no dia 22 de maio, quando ainda estava como presidente interino da Câmara Municipal, executou a poda de árvores sem autorização. Após o fato, ele foi multado pela fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Montenegro. Ele admitiu que fez o corte de árvores junto ao estacionamento de veículos, nos fundos do prédio da Câmara. “A fiscalização seguiu a legislação ambiental e foi gerada a infração como se fosse para qualquer cidadão que não seguir as legalidades”, justificou o secretário municipal de meio ambiente, Ronei Cavalheiro.
Ainda na quarta-feira pela manhã, 22, o vereador Paulo Azeredo (PDT) protestou contra o corte das árvores. “Fiquei chocado com a supressão das sete árvores nativas de Ingá. Perguntei na secretaria da Câmara se tinha a autorização do órgão ambiental e não souberam responder”, estranhou. Azeredo mostrou um vídeo em que teria usado um veículo seu para arrastar para a rua toras das árvores cortadas. E disse que denúncias teriam sido encaminhadas não só para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, mas também junto ao Ministério Público e Patrulha Ambiental (Patram) da Brigada Militar. “Eram árvores de boa sombra, que não poderiam ser retiradas”, entende.
Sérgio Souza confirma que foi notificado, mas diz que vai recorrer. “Não fiz supressão, somente poda”, alega. “Podei as árvores porque era necessário. Estamos em limpeza e tinha galhos lascados para o lado da escola Aurélio Porto, arriscando quebrar vidraça. Essa poda seria necessária. Estamos em época de poda. Eu mesmo fiz. Não precisa autorização. As árvores não foram arrancadas. Elas estão lá e vão crescer de novo. Vou responder de acordo com a lei. Fiz de boa vontade de resolver as coisas”, justificou.
Reposição florestal
Não foi informado o valor da multa que foi aplicada. O secretário Ronei Cavalheiro disse que tem uma infração administrativa em que terá de compensar cada ingá suprimido com 15 mudas nativas. “Terá de fazer uma reposição florestal obrigatória em uma outra área dentro do município, com o plantio das compensações, que devem ser monitoradas durante quatro anos. Deverá ser apresentado relatório anual de como estão as espécies, através de imagens fotográficas, com um responsável técnico, biólogo, para acompanhar”, explicou Ronei. “Não foi uma poda e sim uma supressão. Foi o que os biólogos me passaram. Então, os biólogos são formados na área. Eles têm o conhecimento do que é poda e do que é supressão. Não tem nem como a gente discutir com quem é formado na área”, completa.